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Teerã - Em meio a alertas de que os Estados Unidos poderiam estar preparando um possível ataque militar contra o Irã, a Guarda Revolucionária iraniana deu início ontem a exercícios militares na região central do país, com o objetivo de testar dois modelos de mísseis nacionais.

O "bater de tambores" sugere que Teerã não pretende ceder às pressões internacionais, em um momento de crescente tensão entre o Ocidente e o Irã.

As potências ocidentais acusam o Irã de querer produzir armas nucleares, mas os iranianos afirmam que só querem dominar a tecnologia nuclear para gerar energia elétrica com fins pacíficos. Além disso, os EUA acusam o Irã de apoiar grupos terroristas no Iraque, o que estaria influindo sobre a impossibilidade de paz no país árabe.

Em outra atitude desafiante, funcionários iranianos disseram ontem que Teerã rejeitou os nomes de 38 inspetores da ONU de uma lista de possíveis enviados ao país. A medida é aparentemente uma retaliação contra uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que impôs sanções limitadas contra o país.

Os outros nomes contidos na lista seriam liberados para entrar no país, esclareceu o ministro de Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, sem dar mais detalhes.

Desde que o presidente George W. Bush anunciou o envio de mais um porta-aviões para o Golfo Pérsico, no último dia 9, em uma medida que fontes militares americanas confirmaram ser uma demonstração de força ao Irã, líderes iranianos têm ampliado os alertas diante da possibilidade de um ataque americano ao país.

Ontem, um jornal próximo ao supremo líder iraniano, Aiatolá Ali Khamenei, ampliou as vozes que ameaçam uma retaliação contra qualquer ação militar dos Estados Unidos. O alerta sugere que os mais altos escalões do regime iraniano estão empenhados em responder ao envio do porta-aviões ao Golfo Pérsico.

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