Londres – O regime iraniano vem treinando homens-bomba para atacar alvos norte-americanos e britânicos, caso suas instalações nucleares sejam bombardeadas pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha. A informação foi publicada ontem, em Londres, pelo jornal Sunday Times.

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O jornal afirma existirem 40 mil voluntários nessas condições, e que parte deles integra uma unidade especial da Guarda Revolucionária iraniana.

Os integrantes dessa unidade participaram de um desfile militar, vestindo uniformes e trazendo bolsos para o transporte de explosivos ao redor da cintura.

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Hassan Abbasi, coordenador do plano, afirmou que 29 alvos ocidentais já foram identificados. "Estamos prontos para atacar alvos norte-americanos e britânicos caso nossas instalações nucleares sejam atingidas", afirmou, segundo gravação transcrita pelo Times.

Em Damasco, o ex-presidente iraniano, Hashemi Rafsanjani, disse não acreditar que seja de interesse imediato de Washington o bombardeio do Irã. Afirmou que o Conselho de Segurança não chegou a elaborar uma resolução nos termos desejados pelos Estados Unidos, e que os norte-americanos estão em "guerra psicológica" contra seu país. Rafsanjani disse ainda que os EUA não correriam o risco de uma nova guerra na região, sem discutir "seriamente" os efeitos que ela provocaria.

EUA e o Reino Unido já realizaram, em 2004, uma simulação de um ataque ao território do Irã. Os exercícios ocorreram em Fort Belvior, na Virgínia. O Ministério da Defesa britânico respondeu ser "inconcebível" uma ação militar contra o Irã e disse que o exercício procurava medir o grau de resistência dos soldados.

Um colunista do Washington Post que já foi oficial de inteligência dos EUA, William Arkin, disse que, antes de invadir o Iraque, em março de 2003, os EUA haviam detalhado um plano para atacar o Irã, por meio de mísseis, invasão terrestre e mobilização da Marinha para controlar o estreito de Hormuz.