A Guarda Revolucionária do Irã está formando uma milícia xiita favorável ao regime sírio do presidente Bashar al-Assad para combater a oposição, afirmou nesta terça-feira (14) o secretário americano de Defesa, Leon Panetta. "O Irã tenta formar uma milícia na Síria para combater em apoio ao regime. Vemos uma presença crescente do Irã (na Síria) e isso nos preocupa muito", disse Panetta em uma coletiva de imprensa.

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"A única coisa que isto provocará é, francamente, o prolongamento do sofrimento dos sírios", avaliou o chefe do Pentágono, que pediu que o Irã "pense melhor em seu envolvimento".

Esta milícia é composta de "sírios, geralmente xiitas, e alguns alauítas", como o presidente Assad, afirmou o chefe do Estado Maior dos Estados Unidos, o general Martin Dempsey. Segundo ele, a milícia foi formada sob o modelo do Exército de Al Mahdi no Iraque, um poderoso grupo xiita liderado por Moqtada Sadr, que lutou contra as Forças Armadas americanas.

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Por seu lado, o Exército sírio está enfraquecido pelas deserções e renúncias de parte de sua hierarquia. "O Exército sírio tem lutado durante 18 meses. Qualquer Exército seria afetado com um ritmo semelhante", afirmou o militar americano, para quem as forças sírias sofrem problemas de abastecimento. "É por isso que o Irã entra em cena para formar a milícia, para aliviar parte da pressão sobre os militares da Síria", acrescentou o general Dempsey.

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