Apesar de ter apoio de classes populares, nome de ex-presidente foi barrado para eleição antecipada| Foto: EFE/Marina Villén
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O Conselho de Guardiões do Irã aprovou neste domingo (9) seis candidatos para as eleições presidenciais que foram antecipadas para o dia 28 de junho por causa da morte do presidente Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero, junto com o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdolahian, e outras seis pessoas no mês passado.

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O nome do ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad foi vetado pelo Conselho de Guardiões, que deu aval para a candidatura do presidente do Parlamento, Mohamad Baqer Qalibaf, considerado um dos favoritos ao posto.

Qalibaf foi um dos últimos a registrar a candidatura e na semana anterior reforçou a posição de candidato a presidente do Irã diante do Parlamento. Ex-prefeito de Teerã e ex-comandante da Guarda Revolucionária, o conservador Qalibaf já concorreu à presidência duas vezes e perdeu em ambas as disputas.

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Os outros nomes aprovados foram do ex-chefe de negociações nucleares Saeed Jalili, o prefeito da capital Teerã, Alireza Zakani, o ex-ministro da Justiça Mostafa Pourmohammadi e o vice-presidente de Raisi, Amirhossein Ghazizadeh Hashemi. Cerca de 80 políticos se registraram como pré-candidatos para as eleições presidenciais no Irã.

Vetado pelo Conselho dos Guardiões, conservador Ahmadinejad sucedeu em 2005 o primeiro presidente reformista do país, Mohammad Khatami – que em 1999 trouxe ares de abertura à República Islâmica do Irã – e mais uma vez impôs políticas ultraconservadoras.

Sua presidência foi muito controversa, tanto no exterior como internamente, mas o ex-presidente continua a ter um forte apoio entre as classes populares, apesar da economia ter piorado durante o mandato presidencial de Ahmadinejad.

Desde as eleições parlamentares de 2020, o Conselho tem impedido a participação de vários candidatos reformistas, que apoiam a abertura gradual do país, favorecendo assim os conservadores.

As eleições serão realizadas em meio a um forte descontentamento público gerado pela situação econômica do país e pela repressão social, especialmente das mulheres com a nova campanha para impor o uso do véu.

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As recentes eleições parlamentares de março registraram a menor participação nos 45 anos da República Islâmica, quando apenas 41% do eleitorado foi às urnas.