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direitos humanos

Iraniana acusada de adultério deve ser enforcada hoje, diz ONG

Protesto na Itália contra a execução de Sakineh: mobilização mundial | Creative Commons
Protesto na Itália contra a execução de Sakineh: mobilização mundial (Foto: Creative Commons)

A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani, cuja condenação à morte por apedrejamento provocou uma onda de manifestações na comunidade internacional, seria executada hoje, de acordo com a ONG Comitê Internacional contra Apedrejamento, um grupo com sede na Alemanha. Infor­­mações obtidas pela organização apontam que as autoridades iranianas teriam ordenado a execução na prisão de Tabriz, onde Sa­­kineh está detida. A ONG convocou um protesto em Paris na tarde de ontem, em frente à Embai­­xada iraniana na França, e outro em frente à sede do Parlamento Europeu, em Bruxelas. Outras as­­sociações também realizaram atos de protestos em Paris para exigir a libertação de Sakineh.

Condenação

Sakineh Mohammadi Ashtia­­ni, 43 anos, foi condenada em 2006 a dez anos de prisão pela acusação de cumplicidade no assassinato do marido e ao apedrejamento até a morte por acusações de adultério, segundo as autoridades iranianas.

A condenação provocou uma enorme campanha internacional para evitar a aplicação da pena, assim como vários questionamentos aos julgamentos. O Brasil foi um dos países que chegou a oferecer asilo à mulher, que tem 43 anos e dois filhos.

Um porta-voz do governo iraniano disse em setembro que a condenação de Sakineh por adultério estava sendo revista, mas ainda permanecia pendente o delito de cumplicidade no assassinato do marido dela. Pela lei islâmica, em vigor no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979, o ho­­micídio é punido com enforcamento e o adultério, por apedrejamento. Ontem ainda não ha­­viam sido localizadas autoridades no Irã que confirmassem ou refutassem a notícia.

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