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Manifestação em Malmo, na Suécia, contra a execução de Sakineh Ashtiani: aumenta a pressão internacional | Divulgação/Comitê Icas
Manifestação em Malmo, na Suécia, contra a execução de Sakineh Ashtiani: aumenta a pressão internacional| Foto: Divulgação/Comitê Icas

Brasileira de 14 anos é punida por fazer sexo

Abu Dabi - Uma adolescente brasileira de 14 anos que mora com os pais em Abu Dabi foi condenada a seis meses de prisão – seguida de deportação – nos Emirados Árabes sob acusação de manter relação sexual fora do casamento com um imigrante paquistanês de 28 anos.

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Prisão e chibatadas

Entenda o caso da iraniana condenada à morte por apedrejamento no Irã, país que executou 388 pessoas em 2009.

Condenação

Em 2006, Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada à morte por apedrejamento por supostamente cometer adultério, conduta considerada crime no Irã. Ela negou, mas está presa desde então e recebeu 99 chicotadas por essa condenação. Agora, o Irã diz que ela poderá ser enforcada e não mais apedrejada, e pode não ser morta se receber perdão da família do marido.

Apelo

Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, como a Human Rights Watch, iniciaram campanhas para que o governo do Irã cancele a execução de Sakineh, com apoio de celebridades como os atores Colin Firth, Emma Thompson, Robert Redford e Juliette Binoche e a estilista Katherine Hammett.

Lula

O presidente Lula, questionado sobre sua proximidade com o Irã e a condenação a Sakineh, primeiro disse que cada país deve seguir suas leis. Três dias depois, em comício realizado em Curitiba, disse que receberia a iraniana no Brasil. Na última segunda-feira, o Itamaraty oficializou a proposta de asilo à Sakineh, o que foi negado pelo Irã.

Assassinato

Apesar da prisão de um homem que confessou o assassinato do marido dela, Sakineh agora é acusada de complô no caso, o que as organizações humanitárias veem como estratégia para reduzir o apoio internacional a ela.

Fonte: Da Redação

Genebra - A iraniana condenada à morte Sakineh Ashtiani pode ser executada "a qualquer momento" e a sentença de morte por apedrejamento "continua em vigor". O alerta foi dado ontem pela Anis­­tia Internacional.

A declaração, apoiada por grupos de ativistas iranianos na Europa, é uma resposta às informações dadas pelo governo do Irã de que a vida da iraniana po­­deria ser preservada se a família do marido morto a perdoasse.

Para a Anistia, a suposta revisão do processo seria apenas uma forma para reduzir a pressão internacional. Segundo os documentos oficiais, a execução estava marcada para hoje. Mas, diante da pressão internacional cada vez maior, o governo adiou mais uma vez e indica que o veredicto será conhecido apenas no do­­mingo.

Diante da dimensão internacional que ganhou o caso, a di­­plomacia iraniana se apressou no início da semana para anunciar que a execução por apedrejamento, como estava previsto, havia sido abandonada e que ficou apenas a condenação à morte por enforcamento. A mu­­dança ocorreu porque Sakineh não seria mais julgada por adultério, mas sim pela morte do marido.

O governo deixou claro que a opção de mandá-la como refugiada ao Brasil, como havia oferecido o governo brasileiro, não estava sendo considerada.

ONGs acusam o governo iraniano de estar distorcendo as informações. "Isso é uma manipulação", acusou Mina Ahani, refugiada iraniana na Europa e que coordena o grupo de apoio à Sakineh. "Trata-se de um governo fascista que muda regras dependendo da conveniência", disse.

Segundo ela, a família do ma­­rido assassinado, por meio de seu próprio advogado, já declarou que não quer o enforcamento de Sakineh. "A Justiça já sabe dessa posição. Não há por que ainda ter alguma dúvida. Se era só disso que dependia a vida de Sakineh, então estaria tudo resolvido", disse.

Presa desde 2005 por adultério, Sakineh já foi condenada a 99 chibatadas em 2006 e, em 2007, voltou a ser condenada à pena de morte por apedrejamento. Agora, está ameaçada de en­­forcamento.

Amorim diz que gesto humanitário faria bem ao Irã

Sem receber qualquer resposta oficial de Teerã sobre a oferta brasileira de dar asilo à iraniana Sa­­kineh Mohammadi Ashtiani, o ministro das Relações Exterio­­res, Celso Amorim, preferiu man­­ter uma ponta de otimismo quan­­to ao desfecho do caso. Dizendo que um gesto humanitário seria positivo para a imagem do Irã, o chanceler lembrou que, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a república islâmica, em maio passado, "as autoridades ira­­nianas revelaram alguma generosidade" ao libertarem uma prisioneira francesa.

Mesmo diante da incerteza, o ministro não descartou a possibilidade de um novo envolvimento do Brasil nas negociações acerca do programa nuclear da república islâmica.

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