Milhares de iranianos se reuniram nesta segunda-feira (3), nas proximidades do local em que ficava a embaixada dos Estados Unidos, em Teerã, para comemorar o 29º aniversário da tomada do prédio por revolucionários islâmicos, em 1979. "Morte à América" e "Morte a Israel" estavam entre os gritos de guerra dos manifestantes, a maioria estudantes.
Os EUA e o Irã não mantêm relações diplomáticas há quase três décadas, desde que estudantes tomaram a embaixada e mantiveram 52 norte-americanos reféns durante 444 dias, em meio à Revolução Iraniana de 1979, que derrubou o xá apoiado pelos Estados Unidos.
A invasão da embaixada ocorreu na verdade na manhã de 4 de novembro de 1979, dando início à crise dos reféns. Os autores da invasão exigiam a volta do xá Reza Pahlevi ao país, para que ele fosse julgado. A autoridade deposta havia fugido para os EUA.
A manifestação desta segunda-feira ocorre um dia antes das eleições nos EUA. Muitos iranianos acreditam que caso o democrata Barack Obama vença, as relações bilaterais poderiam melhorar. A relação com Teerã foi um dos temas da campanha pela Casa Branca.
Até agora o governo dos EUA defende sanções mais duras e não descarta a opção militar para interromper o programa nuclear do país. O governo iraniano argumenta que tem apenas fins pacíficos como a produção de energia, mas os EUA acusam Teerã de buscar armas nucleares.
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