Tensão
Comandante Naval do Irã faz ameaça aos Estados Unidos
O comandante da Força Naval do Corpo de Guardiães da Revolução do Irã, contra-almirante Ali Fadavi, afirmou ontem que os Estados Unidos compreenderão o poder militar do Irã e respeitarão o país árabe quando afundar algumas embarcações americanas.
"Quando em um enfrentamento da força naval com um navio americano e mais de cinco mil pessoas deles afundarem no mar e seja preciso buscá-las nas profundezas, então compreenderão nosso poder", disse o militar, publicou a agência Fars, próxima aos Guardiães.
O chefe militar advertiu que as forças americanas "são vigiadas" pelos Guardiães da Revolução "em todas partes ao longo e ao largo do Oriente Médio, Europa Ocidental, mar de Omã e Estreito de Ormuz, e não há nenhum lugar onde possam se esconder".
Efe
Inspeção
Especialistas da agência nuclear da ONU, a Aeia, devem fazer uma série de visitas no Irã nas próximas semanas. Entre elas, está prevista a inspeção à usina de produção de água pesada de Arak, pois o local, em tese, pode fornecer plutônio uma alternativa ao urânio enriquecido na fabricação de uma bomba nuclear.
O Irã concordou ontem em adotar até o próximo dia 15 de maio sete passos práticos rumo a uma maior cooperação com a Aiea (agência nuclear da ONU). O entendimento foi confirmado num comunicado conjunto do regime e da instituição. O conteúdo do acordo não foi divulgado e os passos deverão ser, primeiro, comunicados ao diretor-geral da Aiea, Yuyika Amano.
Diplomatas e especialistas de ambos os lados passaram o fim de semana reunidos em Teerã envolvidos no que o comunicado classificou de "conversas técnicas construtivas. Os técnicos da Aiea eram liderados pelo inspetor-chefe Tero Varjoranta e os do Irã, pelo embaixador do país para a Aiea, Reza Najafi.
Inicialmente, a previsão era de que esses novos passos tivessem como prazo final o dia 11 de fevereiro e que, entre eles, estivesse prevista uma visita de especialistas da Aiea à usina de produção de água pesada de Arak. O local é importante porque pode, ao menos em tese, fornecer ao Irã o plutônio, uma alternativa ao urânio enriquecido na fabricação de uma bomba nuclear. Uma equipe da Aiea já visitou Arak em 8 de dezembro passado.
Em paralelo com as discussões na Aiea, o Irã negocia com o chamado P5+1, formado pelas cinco potências que possuem assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (EUA, China, Rússia, França e Reino Unido), mais a Alemanha.
Essas negociações resultaram, em novembro, em um acordo assinado em Genebra no qual o Irã aceitou suspender seu enriquecimento de urânio a 20% e congelar demais atividades nucleares em troca de uma suspensão parcial das sanções econômicas impostas ao país.
Míssil
Em paralelo com a divulgação do acordo, a agência oficial de notícias iraniana Irna divulgou também falas de parlamentares linha-dura do Irã que acusam o presidente Hassan Rowhani de ter interrompido um treinamento de lançamento de míssil que estava agendado.
Em comunicado, 24 parlamentares afirmaram que o Conselho Supremo Nacional de Segurança, chefiado pelo presidente, não aprovou o orçamento necessário para o teste. O regime não comentou a acusação.
No dia anterior, a agência de notícias semioficial Fars noticiara que navios de guerra iranianos se aproximaram das fronteiras marítimas dos EUA no Golfo como resposta ao estacionamento de novas embarcações dos EUA naquela região.
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