O primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki vai anunciar seu novo gabinete na segunda-feira (20) e manterá o ministro de Petróleo responsável por um plano ambicioso para transformar o país devastado pela guerra em um mega produtor global de petróleo, afirmaram autoridades.
Os iraquianos têm aguardado um novo governo desde que as eleições parlamentares de março falharam em produzir um vencedor claro e evidenciou a profundidade das divisões étnicas e sectárias do Iraque. Desde então, o país tem enfrentado meses de rusgas políticas.
O ministro de Petróleo, Hussain al-Shahristani, um xiita, será um membro chave do novo gabinete em um momento em que o Iraque tenta reconstruir sua infraestrutura mais de sete anos após uma invasão liderada pelos Estados Unidos ter expulsado o ditador sunita Saddam Hussein e desencadeado lutas sectárias que mataram dezenas de milhares de pessoas.
O ministro do Exterior, Hoshiyar Zebari, da etnia curda, também permanecerá no cargo, mas ainda não foi tomada uma decisão final para o ministério das Finanças, afirmaram fontes próximas ao xiita Maliki.
A volta de Shahristani é um sinal para companhias de petróleo de que o Iraque honrará contratos para desenvolver suas vastas reservas de petróleo.
Sob a direção do ex-cientista nuclear, o ministério de Petróleo fixou metas ambiciosas para elevar a capacidade de produção do Iraque para acima de 12 milhões de barris por dia (bpd) em seis ou sete anos, dos atuais 2,5 milhões.
Esse nível transformaria o país em um rival da Arábia Saudita, líder mundial. Analistas dizem que uma meta de 6 a 7 milhões de bpd é mais realista para o Iraque, que obtém 95 por cento de suas receitas federais do petróleo.