Para Bush, saída do Iraque seria "devastadora"
Ao marcar o quarto aniversário da guerra no Iraque, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, advertiu os norte-americanos na segunda-feira que uma retirada precipitada das tropas teria consequências devastadoras para a segurança dos EUA
O ministro de Assuntos Exteriores do Iraque, Hoshyar Zebari, anunciou hoje em Genebra que seu Governo destinará US$ 25 milhões para melhorar o atendimento a deslocados e refugiados provenientes da violência que atinge o país há anos.
"Este Governo não vai abandonar seus cidadãos. Não queremos que se transformem em refugiados, mas voltem para suas casas, para suas cidades, o mais rápido possível, pois o país precisa deles", declarou Zebari em entrevista coletiva ao fazer referência aos cerca de 2 milhões de iraquianos que deixaram o país e ao 1,9 milhão de deslocados internos.
Zebari lidera a delegação iraquiana que viajou para a sede européia da ONU para participar da reunião internacional organizada pelo Alto Comissariado para os Refugiados (Acnur), com o objetivo de encontrar soluções para o problema humanitário que gera a violência atualmente existente no Iraque.
Durante uma entrevista coletiva, o ministro iraquiano afirmou que os US$ 25 milhões fazem parte de um conjunto de medidas anunciadas hoje por seu Governo e que também inclui o compromisso de "trabalhar mais estreitamente" com a comunidade internacional, especialmente com os países que estão recebendo seus cidadãos.
Os fundos serão destinados ao reforço das infra-estruturas e dos sistemas sanitários destes países, para que possam enfrentar o custo extra que representa a chegada de refugiados iraquianos, que no caso de Jordânia e Síria, por exemplo, superam 750.000 e 1 milhão, respectivamente.
Neste sentido, o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, destacou o consenso da comunidade internacional em valorizar o esforço dos países vizinhos, enquanto Zebari quis destacar a ausência de "politização" do assunto durante a reunião: "Não são buscados responsáveis, mas soluções", declarou.
Zebari também fez referência à situação interna do país e disse que "embora exista morte, desespero e violência a cada dia, o plano de segurança iniciado está dando seus frutos. No entanto, é necessário ter paciência, pois isto não é coisa de meses".
Na sua opinião, o principal desafio é acabar com os confrontos em Bagdá, pois "entre 80% e 90% da violência acontece na capital e de lá procede a maior parte dos refugiados".
Deixe sua opinião