O Iraque marcou nesta terça-feira a data para a eleição geral no país, mas depois mudou de ideia e transferiu o pleito para um dia depois, em 7 de março de 2010.
Naseer al-Ani, chefe de gabinete do presidente Jalal Talabani, disse à Reuters que o Conselho da Presidência decidiu a nova data na noite de terça-feira (à tarde no Brasil). Antes, a previsão era de que a votação ocorresse em 6 de março.
"A nova data é 7 de março. Não queremos chatear ninguém, queremos que isso transcorra tranquilamente", disse ele, sem esclarecer o motivo da mudança de última hora.
Tareq Jawher, consultor do Parlamento da região semiautônoma do Curdistão, disse que os curdos haviam rejeitado a eleição em 6 de março por coincidir com o aniversário de um tratado de 1975, entre Irã e Iraque, que teria marginalizado essa etnia.
A data definitiva foi anunciada horas depois de uma série de atentados com carros-bomba em Bagdá, que mataram 112 pessoas e feriram 425, lembrando de forma brutal a ameaça que a insurgência sunita ainda representa, seis anos e meio depois da invasão norte-americana.
O estabelecimento do dia das eleições reduz os riscos para o plano dos EUA de encerrar até agosto de 2010 as suas operações de combate no Iraque, com vistas a uma retirada total até 2012.
A eleição em 7 de março está além do prazo constitucional para o pleito, mas ainda antes do final do mandato do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, o que reduz o risco de um vácuo político que poderia abalar a jovem democracia iraquiana e alimentar a instabilidade.