Autoridades iraquianas determinaram o fechamento de todas as casas noturnas de Bagdá e de dezenas de lojas que vendiam álcool, preocupadas de que os locais estariam minando a "moral pública".
Uma força policial especial fechou 95 boates não-licenciadas e 42 adegas desde o começo de novembro, após vizinhos reclamarem de propagandas lascivas, bêbados em público e menores de idade bebendo, disse o governador da província de Bagdá, Salah Abdul-Razzaq, em entrevista.
Não há casas noturnas licenciadas na capital, afirmou o governador.
O fechamento dos estabelecimentos ameaçam acabar com um breve renascimento da vida noturna de Bagdá, com seus habitantes voltando a se divertir com atividades que foram forçados a abandonar em meio à violência sectária desencadeada pela invasão do país pelos Estados Unidos em 2003.
Não se sabe de quem veio a ordem para fechar as casas noturnas. Abdul-Razzaq disse que o medida foi aprovada pelo gabinete do governo, mas o porta-voz do governo Ali al-Dabbagh negou que o primeiro ministro Nuri al-Maliki estaria envolvido.
"Essa questão diz respeito à província de Bagdá, e não se trata de uma questão federal", disse o porta-voz.
O partido de Maliki, Dawa, vem de raízes xiitas, mas tem buscado ampliar sua base de apoio para incluir seculares, nacionalistas e minorias, na tentativa de conseguir se reeleger no pleito do ano que vem.
O Iraque é um país de maioria muçulmana e com uma sociedade conservadora, onde muitas mulheres ainda cobrem seus cabelos e corpos e a maioria de homens e mulheres evitam o álcool, de acordo com a lei islâmica.
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