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O mês de abril foi o mais sangrento no Iraque desde junho de 2008, com um total de 712 mortos e 1.633 feridos em atos de violência e atentados, informou nesta quinta-feira (2) a Unami, a missão da ONU no país.

Entre os mortos, 595 eram civis e 117 membros das forças de segurança. Em relação aos feridos, 1.438 são civis e 195 membros da polícia ou do Exército.

A província com mais vítimas foi Bagdá, com 211 mortos e 486 feridos, seguida de Diyala, Salah ad-Din, Kirkuk, Ninawa e Al-Anbar.

Ao longo de abril, o Iraque foi cenário de ondas de atentados e ataques armados em diferentes pontos do país. Muitos desses ataques ocorreram nos dias anteriores às eleições municipais realizadas no dia 20 de abril.

Além disso, a violência aumentou no país há pouco mais de uma semana, após o ataque realizado pela polícia e o Exército a uma praça da cidade de Al Hueiya, em Kirkuk, que deixou 26 mortos e 155 feridos. O local é palco habitual de protestos dos sunitas.

Após a ação, ocorreram diversos atentados e ataques armados em diferentes pontos do país, deixando dezenas de vítimas.

O Iraque vive atualmente uma crise política originada pelos protestos de sunitas, que dizem sofrer discriminação por parte do governo do primeiro-ministro, o xiita Nouri al-Maliki.

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