Um iraquiano matou e enterrou uma filha adolescente depois de saber que ela pretendia cometer um atentado suicida em nome da Al-Qaeda, disse uma autoridade nesta sexta-feira (24).
As forças iraquianas de segurança invadiram a casa do homem, em Mandili, 100 quilômetros a nordeste de Bagdá, para tentar deter Shahla Najim al Anbaky, após denúncias de que ela tinha ligações com militantes sunitas.
O pai dela, Najim Abd al Anbaky, foi preso na quinta-feira ao confessar que havia matado a moça e sepultado seu corpo perto da casa, segundo o major Ghalib al Jubouri, porta-voz da polícia na província de Diyala.
"Ele confessou que a matou quando soube que ela trabalhava para a Al-Qaeda e que desejava se explodir", disse Jubouri, acrescentando que o homem levou os policiais até a cova da filha.
Diyala é uma província de maioria árabe sunita, com significativas populações xiitas e curdas. A região registra graves incidentes de violência desde o início da ocupação norte-americana, em 2003.
Em outro incidente, supostos militantes da Al-Qaeda explodiram a casa de uma família xiita numa cidade ao sul de Bagdá, na sexta-feira, matando cinco pessoas.
Três bombas foram deixadas durante a noite na casa de Mohammed al Karrafi, seguidor do clérigo antiamericano Moqtada al Sadr, em Haswa, cidade sectariamente dividida, 50 quilômetros ao sul da capital, segundo a polícia.
"Após a meia-noite, duas bombas destruíram completamente a casa do sadrista (...), matando cinco pessoas e ferindo quatro outras. Todas as vítimas são da mesma família", disse um porta-voz policial da província de Babil, acrescentando que a terceira bomba foi detonada quando as forças de segurança chegaram ao local - nesse caso, sem deixar feridos. A polícia atribuiu o incidente à Al-Qaeda.
A violência no Iraque diminuiu significativamente nos últimos dois anos, mas explosões e atentados ainda ocorrem diariamente.
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