O Irma, que chegou a ser classificado como furacão de categoria 5 - a mais alta - foi rebaixado nesta segunda-feira (11) para tempestade tropical enquanto avança pelo Estado da Florida, nos Estados Unidos, onde ao menos três pessoas morreram por causa do fenômeno.
Apesar de perder força, o Irma continua provocando estragos nos EUA. Segundo autoridades norte-americanas, aproximadamente 4,5 milhões de casas e empresas estão sem energia elétrica na Florida.
Às 8h locais (9h de Brasília), os ventos alcançavam a velocidade máxima de 110 km/h -bem abaixo dos mais de 200 km/h registrados nos EUA no fim de semana.
De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC), o olho do furacão estava na manhã desta segunda (11) a 170 quilômetros ao norte de Tampa. O instituto afirmou que há possibilidade de novas inundações "que representam ameaças à vida".
"Permaneçam dentro de casa e seguros", disse o governador da Florida, Rick Scott, após a perda de força do Irma. Ele afirmou que a combinação "de uma tempestade perigosa com a maré provoca, normalmente, inundações nas áreas secas próximas à costa".
Na manhã de domingo (10), o Irma atingiu a área de Florida Keys como furacão de categoria 4. Quase 6,3 milhões de pessoas receberam ordem para abandonar suas casas em todo o Estado.
"Os barcos estão literalmente quebrados, as palmeiras estão no chão, as linhas de energia elétrica estão caindo", disse por telefone ao canal CNN a socorrista Maggie Howes.
Uma policial e um oficial penitenciário morreram em acidentes de trânsito no domingo (10) nas imediações da cidade de Sarasota. Outro homem morreu no sábado (9), quando seu caminhão bateu em uma árvore na cidade de Key West.
Estado de emergência
O presidente americano, Donald Trump, declarou estado de catástrofe natural na Flórida, medida que permite ao governo desbloquear verbas e recursos federais suplementares para socorrer a península afetada pelo Irma.
"Neste momento estamos preocupados com as vidas e não com os prejuízos", disse Trump após uma reunião com funcionários da Segurança Nacional e de gestão de emergências. Ele prometeu viajar para a Flórida "muito em breve".
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O serviço meteorológico privado Accuweather calculou que os danos provocados pelo Irma devem superar US$ 100 bilhões, e os do Harvey, que devastou o Estado do Texas há duas semanas, quase US$ 190 bilhões, o que equivale no total a 1,5% do PIB dos EUA.
Cuba
Cuba também foi afetada pelo Irma e registrou fortes inundações no litoral noroeste, de Matanzas a Havana, "com ondas entre 6 a 9 metros", segundo o Instituto de Meteorologia cubano.
A água do mar avançou 500 metros em Havana. Ao menos 1,5 milhão de moradores abandonaram suas casas na ilha, onde os ventos derrubaram árvores e postes de energia elétrica.
As autoridades não anunciaram vítimas fatais, mas afirmaram que há "danos materiais significativos".
No Caribe, a passagem do furacão Irma deixou ao menos 27 mortos, sendo dez na parte francesa e quatro na área holandesa de Saint Martin; quatro nas Ilhas Virgens americanas; seis nas Ilhas Virgens britânicas e no arquipélago de Anguilla; dois em Porto Rico; e um em Barbuda.