A irmã mais velha do presidente americano, Donald Trump, Maryanne Trump Barry, foi secretamente gravada por sua sobrinha, Mary Trump, afirmando que o irmão "não tem princípios", e que o mandatário é "cruel". Em uma das gravações, ela lembra de uma entrevista que Trump concedeu à Fox News em 2018, afirmando que colocaria a irmã, uma ex-juíza federal, na fronteira com o México para orientar casos de filhos de imigrantes separados dos pais.
"A base dele, quer dizer, meu Deus, se você é uma pessoa religiosa, você quer ajudar as pessoas, e não fazer isso", afirma Barry. Ela afirma ainda que o irmão "muda histórias" e é "despreparado" para o cargo. No sábado, Mary Trump, que lançou um livro a respeito do tio em julho, revelou ter gravado 15 horas de conversas com Barry. Ela vinha sendo questionada a respeito das fontes de informação do livro, intitulado Too Much and Never Enough.
O livro é repleto de ataques contra o presidente, incluindo a afirmação de que ele teria pago a outra pessoa que fizesse os testes para a transferência para a Universidade da Pensilvânia em seu lugar. Barry afirma que Joe Shapiro, um amigo de Trump, teria feito a prova por ele. As gravações marcam a primeira vez em que críticas de um familiar de Trump além de Mary vêm a público.
Em outro ponto, a ex-juíza afirma ainda que Trump é "cruel". "É a falsidade de tudo isso. A falsidade e essa crueldade". Os áudios foram publicados pelo Washington Post, e posteriormente, obtidos pela Associated Press.
Trump diminuiu a importância das gravações. "Nem todo mundo concorda (com seu governo), mas os resultados são óbvios. Nosso país logo vai estar mais forte do que nunca", disse ele em um comunicado.
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