A Irmandade Muçulmana na Síria reivindicou neste sábado (24) a responsabilidade por dois ataques suicidas em Damasco que mataram 44 pessoas na sexta-feira. Em nota em seu site oficial, o grupo disse que "uma de nossas vitoriosas brigadas sunitas foi capaz de atingir o prédio da segurança estatal em Kfar Suseh", na capital síria, em uma operação "realizada por quatro" suicidas.
Segundo a nota, muitas pessoas "das gangues de Assad" morreram e se feriram no ataque. O grupo se referia ao presidente do país, Bashar Assad, que enfrenta uma série de protestos contra seu regime e por democracia.
A notícia contradiz as acusações do regime de Assad de que os ataques, que também feriram 166 pessoas, foram um trabalho da Al-Qaeda. O Conselho Nacional Sírio, grupo de oposição, disse que o próprio regime realizou o ataque.
Neste sábado, milhares de pessoas foram às ruas de Damasco para os funerais das vítimas.
Observadores da Liga Árabe estão no país, para tentar ajudar a acabar com a violência. Segundo as Nações Unidas, mais de 5 mil pessoas foram mortas desde março, quando começaram os protestos por democracia, duramente reprimidos pelo governo.
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