A Irmandade Muçulmana afirmou nesta terça-feira (20) que a detenção do líder máximo, Mohammed Badia, não prejudicará sua unidade e nem irá brecar a luta contra o "golpe de Estado e o Governo militar".
"Os golpistas pensam que a detenção de líderes e a difamação de sua imagem nos meios de comunicação levará os egípcios a se ajoelharam e se renderem (...) Que saibam que a causa se transformou agora na causa do povo egípcio, que não se submeterá e nem se ajoelhará", disse a confraria em comunicado enviado à Agência Efe.
Da mesma forma, a Irmandade disse que, "se o guia Badia desaparecer das prisões, o povo continuará seu 'jihad' (guerra santa) pacífico até recuperar todos seus direitos".
O guia geral da confraria foi detido na madrugada passada no distrito de Cidade Nasser no Cairo, informou hoje à Agência Efe uma fonte do Ministério do Interior.
Badia foi detido em um apartamento junto a outro membro da Irmandade, Talat Youssef, na rua Al Tayarán, nas imediações da praça de Rabea al Adauiya, onde os islamistas ficaram acampados até a operação policial de quarta-feira passada que desmantelou o protesto.
Em sua nota, a Irmandade Muçulmana elogia a faceta profissional de Badia - "um destacado analista e professor universitário de Veterinária que conquistou prêmios internacionais por suas pesquisas" - e o qualificaram de "político de consenso", que sempre buscou acordos com as diferentes forças políticas.
O comunicado lembra as palavras que, em fevereiro de 2011, pouco depois da queda de Hosni Mubarak, Badia se dirigiu ao general Mohammed al Assar. "Alguns antes de vós tentaram semear a discórdia entre nós e o Exército e nos condenaram com penas longas, mas as cumprimos e saímos (delas) com amor a nosso Exército porque são nossos irmãos".
No comunicado, a Irmandade reiterou a chamada a seus seguidores para que "sejam pacientes, continuem sua revolução e recorram a Deus para conseguir seus objetivos"
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