Cronologia
O presidente egípcio Mohamed Mursi enfrenta críticas e protestos por sua ligação com a Irmandade Muçulmana
30 junho de 2012
Mohamed Mursi toma posse como presidente do Egito após eleição conturbada
22 de novembro 2012
Mursi promulga decretos que lhe dão "superpoderes" e impedem o Judiciário de interferir em decisões do Executivo. Manifestantes vão às ruas em protesto
26 de novembro 2012
Após protestos, Mursi concorda em limitar a aplicação dos decretos que colocaram os seus poderes acima da lei
2 de dezembro 2012
Suprema Corte Constitucional do Egito entra em greve após manifestantes favoráveis a Mursi impedirem realização de sessão que deliberaria sobre legitimidade de assembleia que aprovou rascunho da nova Constituição
26 de dezembro de 2012
Mursi sanciona nova Constituição, aprovada por referendo popular, mas considerada por oposicionistas um risco às liberdades individuais e das minorias
6 de janeiro
Mursi troca dez ministros do seu gabinete em resposta aos protestos
25 de janeiro
No aniversário de dois anos do início da revolta no Egito, manifestantes vão às ruas para protestar contra Mursi
27 de janeiro
Mursi declara estado de emergência em três cidades: Suez, Port Said e Ismailia, devido aos protestos
11 de fevereiro
A Al Azhar, instituição religiosa mais importante do Egito, escolhe Shawki Ibrahim Abdel-Karim para o cargo de "mufti" (líder islâmico supremo) um professor de direito islâmico considerado apolítico, ignorando a preferência da Irmandade Muçulmana por outro candidato, Abdul Rahman Al Bar, islamista e conservador
21 de abril
Ministro da Justiça, Ahmed Mekky, renuncia após partidários islâmicos de Mursi exigirem a "purificação" da Justiça, ou seja, o controle do Executivo sobre o Judiciário
7 de maio
Governo do Egito anuncia substituições em nove ministérios. A maioria dos substitutos é ligada à Irmandade Muçulmana
21 de junho
Manifestantes vão às ruas exigindo nova eleição para a Presidência. Opositores e simpatizantes de Mursi entram em choque
31 de junho
Explodem novos protestos no país pedindo a renúncia do presidente e nova eleição
1º de julho
Militares dão ultimato de 48 horas para Mursi e manifestantes da oposição chegarem a um acordo; ao menos seis ministros do governo renunciam
Fonte: Folhapress
A Irmandade Muçulmana do Egito se prepara para protestar nesta sexta-feira (5) contra o recente golpe de Estado do exército, que depôs o presidente Mohammed Mursi e nomeou em seu lugar ao chefe do Supremo Tribunal Constitucional, Adly Mansour.
A principal concentração está programada para a Praça Rabea al Adauiya, no Cairo, onde os islamitas protagonizaram nos últimos dias manifestações para defender a legitimidade de Mursi, que foi eleito democraticamente no ano passado.
O porta-voz da Irmandade, Ahmed Aref, insistiu ontem que as manifestações devem ser pacíficas e pediu às instituições do Estado garantias de segurança.
A chamada Aliança Nacional em Defesa da Legitimidade Eleitoral, integrada pela Irmandade e outros grupos, pediu a restituição de Mursi, que fazia parte do grupo até pouco tempo antes de assumir a Presidência.
Desde que as Forças Armadas deram um golpe contra Mursi na quarta-feira passada, apoiadas por outras forças políticas e líderes religiosos, os partidários do islamita continuaram fazendo protestos, sendo que alguns terminaram em distúrbios.
O paradeiro do líder deposto continua desconhecido de forma oficial, mas a Irmandade Muçulmana afirma que ele está sob custódia militar e incomunicável.
Por outro lado, a campanha "Tamarrud" (rebelião), que impulsionou os protestos do domingo passado pedindo a renúncia de Mursi, organizou uma manifestação hoje na Praça Tahrir e no palácio presidencial de Itihadiya no Cairo.
O objetivo dessas duas manifestações é "a proteção da revolução", já que consideram que o exército iniciou uma nova etapa de transição política em que acreditam que suas aspirações serão cumpridas.
As Forças Armadas do Egito pediram hoje que os egípcios deixem de lado as vinganças pessoais e sejam tolerantes para se conseguir a reconciliação nacional, ao mesmo tempo em que garantiram a liberdade de expressão e de reunião.
Em mensagem divulgada nesta madrugada no site oficial do porta-voz do exército, Ahmed Mohammed Ali, os militares alertaram sobre o perigo de qualquer ação de sabotagem e ataque às instalações públicas e privadas, o que representa uma "ameaça para a paz social e os interesses da nação".
Além disso, pediram que não sejam adotadas medidas "extraordinárias e arbitrárias contra qualquer grupo ou movimento político", depois que os líderes da Irmandade Muçulmana começaram a ser presos e procurados pela Justiça.
ONU pede às autoridades que acusem os presos ou os libertem
A alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, solicitou nesta sexta-feira (5) às autoridades interinas do Egito que especifiquem as acusações contra os membros da Irmandade Muçulmana detidos nas últimas horas ou que os libertem.
"Não deveria haver mais violência, mais detenções arbitrárias, atos ilegais de vingança", assinalou Pilay em comunicado, no qual mostrou seu "preocupação pela detenção de vários líderes da Irmandade Muçulmana".
Posteriormente, em entrevista coletiva, o porta-voz de Pillay, Rupert Colville, esclareceu que a alta comissária pede especificamente que se tornem públicas as acusações dos que se acusa aos militantes detidos porque, como qualquer outro cidadão, têm direito a saber "com base em quê foram detidos".
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