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Irmãos Castro sabotam fim de embargo dos EUA a Cuba, diz Hillary

O presidente Raúl Castro e o seu irmão e antecessor, Fidel, estão tentando sabotar os esforços dos Estados Unidos para melhorar as relações com Cuba, por temerem que isso ameace o seu poder, disse nesta sexta-feira a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton.

Na opinião dela, a resposta de Cuba às iniciativas do governo Obama revelam "um regime intransigente e entrincheirado", sem interesse em promover reformas políticas nem em acabar com o isolamento imposto pelos 48 anos de embargo econômico dos Estados Unidos contra a ilha comunista.

"É minha crença pessoal que os Castros não querem ver o fim do embargo e não querem ver a normalização com os Estados Unidos, porque eles perderiam todas as suas desculpas pelo o que não aconteceu em Cuba nos últimos 50 anos."

"Acho isso muito triste, porque deveria ser uma oportunidade para uma transição a uma democracia plena em Cuba, e isso vai acontecer em algum ponto, mas pode não acontecer tão cedo."

Os Estados Unidos no último ano suspenderam os limites a viagens e remessas financeiras de cubano-americanos para a ilha, e iniciaram um diálogo com Havana sobre questões de migração e serviços postais.

Mas o presidente Barack Obama tem dito que o embargo econômico só vai acabar quando Cuba melhorar a situação dos direitos humanos e libertar presos políticos. Hillary disse que as perspectivas não são boas em nenhuma dessas frentes.

"Se você vê qualquer abertura para Cuba pode quase traçar como o regime dos Castros faz algo para tentar frustrar", disse a secretária em resposta a uma pergunta na Universidade de Louisville, no Kentucky.

Ela lembrou que em 1996 seu marido, o então presidente Bill Clinton, tentava melhorar as relações com Cuba quando o regime abateu dois pequenos aviões norte-americanos que tentavam distribuir panfletos. O incidente, na prática, soterrou a iniciativa de Clinton.

No último ano, a despeito das iniciativas de Obama, Cuba prendeu um norte-americano suspeito de espionagem, e o preso político Orlando Zapata morreu após 85 dias de greve de fome, lembrou Hillary.

"Espero que eles comecem a mudar. Estamos abertos a mudar com eles, mas não sei o que irá acontecer antes que algum tempo passe."

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