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A tempestade tropical Isaac, que já que se afasta de Cuba em direção à costa da Flórida, nos Estados Unidos, pode se tornar o furacão mais forte desde o Katrina, que em 2005 causou a morte de mais de 1,8 mil pessoas nos e prejuízos de US$ 81 bilhões, segundo o Centro Nacional de Furacões.

Segundo o CNF (Centro Nacional de Furacões), às 18h (horário de Brasília) o Isaac ainda era uma tempestade tropical, com ventos de 100 km/h.

A previsão é que ele deve se converter em furacão --quando os ventos da tempestade ultrapassarem a velocidade de 119 quilômetros por hora-- ainda neste domingo (26), antes de atingir o Golfo do México amanhã.

Depois que entrar no Golfo do México, o Issac deve se fortalecer para a categoria 2 de furacão, com ventos de 160 km/h, e chegar à costa americana no começo da quarta-feira.

Prejuízos

A CoreLogic, companhia de análise especializada em imóveis, disse que a tempestade vai deixar mais de US$ 36 bilhões em residências na costa sul dos Estados Unidos vulneráveis a enchentes.

Desse valor, o Estado de Luisiana deve ficar com maior parte dessas perdas. A empresa estima que 223 mil imóveis da região de Nova Orleans, no valor de US$ 30,44 bilhões, estão vulneráveis a enchentes caso o Isaac atinja a categoria 2 de furacão.

Em toda a costa sul, mais de 269 mil imóveis estariam em perigo, totalizando os US$ 36 bilhões estimados.

Petróleo

Os Estados Unidos disseram hoje que 24,19% da produção diária de petróleo e 8,29% da produção diária de gás natural no Golfo do México serão afetados pelo Isaac.

Por dia, produtores de petróleo e gás deixarão de produzir 333,815 mil barris de petróleo e 371 milhões de pés cúbicos de gás natural, e os números podem aumentar nos próximos dias.

O Golfo do México responde por 23% da produção de petróleo e 7% da produção de gás natural nos Estados Unidos.

EUA

Às 18h (horário de Brasília), o Isaac ainda era uma tempestade tropical, com ventos de 100 km/h, e chegava à região de Florida Keys, no extremo sul do Estado da Flórida, indo em direção às águas quentes do Golfo do México.

"A mensagem é muito clara: fique em casa e a salvo", disse hoje o prefeito de Miami-Dade, Carlos Giménez. Ele informou que cerca de 500 voos foram cancelados no aeroporto de Miami e 150 no de Fort Lauderdale. Só no condado de Miami-Dade, quase 4.000 casas ficaram sem energia.

Prevenção

Foram fechados todos os parques, as marinas e os campos de golfe, e abriram-se abrigos por todo o sul da Florida, onde a recomendação é que se evacue todas as pessoas com necessidades especiais e as que vivem em trailers, áreas baixas com tendência a inundação e imóveis pouco seguros.

Foi solicitado às empresas que liberem seus empregados de trabalhar hoje e amanhã. Na região americana mais ameaçada até o momento, o arquipélago de Florida Keys, lojas e restaurantes permanecem fechados e foi suspensa a cobrança de pedágios na única estrada que conecta o conjunto de ilhas ao continente. Passagem

Ao menos oito pessoas morreram no Haiti e outras duas na República Dominicana durante a passagem de Isaac pelo Caribe no sábado. Foram evacuadas de suas casas 14 mil pessoas no Haiti, quase 13 mil na Repúblicana Dominicana e mais de 20 mil em Cuba.

Ontem, o centro do Isaac passou a 65 quilômetros ao leste da Baia Guantánamo, em Cuba.

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