Dois procuradores da Argentina solicitaram nesta terça-feira (8) que a ex-presidente argentina María Estela Martínez, conhecida como Isabelita Perón, seja indagada em uma causa que investiga uma operação do Exército contra guerrilheiros, informou a imprensa local.

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O pedido foi apresentado pelos procuradores Pablo Camuña e Patrício Rovira perante a Câmara de Cassação Penal no marco da investigação da chamada Operação independência, realizada pelo exército entre 1975 e 1976 para aniquilar a guerrilha do Exército Revolucionário do Povo (ERP) na província argentina de Tucumán.

A solicitação acontece depois que um tribunal de Tucumán se negou a convocar a ex-presidente, que desde 1981 vive na Espanha, para prestar depoimento.

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Em dezembro de 2012 o juiz do caso, Daniel Bejas, indiciou 17 ex-militares e ex-policiais por crimes contra a humanidade contra 269 vítimas, cometidos entre fevereiro de 1975 e março de 1976, no marco da Operação Independência.

Entre os processados estava o então chefe do Exército, o general Jorge Videla, que no dia 24 de março de 1976 liderou o golpe contra o governo de Isabelita Perón e que morreu em maio de 2013.