Militantes islâmicos não são os principais suspeitos em uma investigação sobre quem plantou explosivos em uma das lojas de departamento mais movimentadas de Paris, disse o ministro da Defesa, Herve Morin, na quarta-feira.
A polícia encontrou os explosivos na loja Printemps, na terça-feira, depois de um aviso feito por um grupo até então desconhecido, que se intitula Frente Revolucionária Afegã e exige a retirada das tropas francesas do Afeganistão.
"As frases e a dialética usadas (na carta) não são típicos de terroristas islâmicos", disse Morin à rádio RTL.
"A palavra 'revolucionário' no nome do grupo, a palavra 'capitalista' usada para descrever a loja, a falta de qualquer referência ao Islã e à Jihad, todos estes são motivos pelos quais os islâmicos não são os principais suspeitos", disse Morin.
No entanto, ele ressaltou que nenhuma hipótese foi descartada.
Quatro bastões de dinamite relativamente velhos foram encontrados nos banheiros da Printemps e não poderiam ter explodido, já que não haviam detonadores. Isto demonstra que o objetivo era causar alarde, não mortes.
Na carta endereçada a uma agência de notícias francesa, o grupo avisou ao governo francês que "vai voltar à ativa em suas grandes lojas capitalistas e, da próxima vez, não haverá aviso" a não ser que as forças francesas saiam do Afeganistão até o fim de fevereiro.
Morin disse que o incidente não terá impacto sobre a política francesa do Afeganistão. A França tem 2.800 militares no país, onde seu Exército está desde 2001.