Palestinos queimam bandeiras de Israel em protesto contra os bombardeios na Faixa de Gaza| Foto: Ali Jarekji

Islâmicos palestinos prometeram vingança contra Israel na sexta-feira (2) pela morte de um importante líder do Hamas e da família dele, alegando que todas as opções agora estão abertas, incluindo atentados suicidas, para "atingir interesses sionistas em todo lugar".

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No sétimo dia de ofensiva visando parar os ataques com foguetes do Hamas contra cidades do sul de Israel, caças israelenses atingiram 20 alvos e combatentes islâmicos dispararam foguetes contra o porto de Ashkelon, mais uma vez ofuscando as esperanças internacionais de um cessar-fogo.

Um dos bombardeios aéreos de Israel matou três crianças palestinas, com idades entre 8 e 12 anos, que estavam brincando em uma rua de Gaza, disseram médicos.

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O ataque perto da cidade de Khan Yunis foi um dos mais de 30 lançados até sexta, o sétimo dia de ofensiva.

Na Cidade de Gaza, a menos de 20 quilômetros ao sul, centenas de pessoas com passaportes estrangeiros embarcaram em ônibus para deixar a Faixa, com a ajuda do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o consentimento israelense.

"A situação é muito ruim. Tememos por nossas crianças", disse a moldávia Ilona Hamdiya, casada com um palestino. "Estamos muito agradecidos a nossa embaixada."

Eles deixaram para trás 1,5 milhão de palestinos impossibilitados de fugir do conflito na região, que acordou para um novo dia de bombardeios, mísseis, eletricidade oscilante, filas para o pão, janelas seladas e ruas repletas de estilhaços de vidro e escombros.

"Nós não descansaremos até destruir a entidade sionista", disse o líder do Hamas Fathi Hammad no funeral de Nizar Rayyan, morto com suas quatro esposas, oito filhos e quatro vizinhos por um míssil israelense que atingiu a casa dele na quinta-feira.

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O porta-voz Ismael Rudwan disse que "seguindo-se a esse crime, todas as opções estão agora abertas, incluindo operações de martírio para deter a agressão e atingir os interesses sionistas em todo lugar".

Israel fechou as fronteiras da Cisjordânia para negar a entrada à maioria dos palestinos e intensificou a segurança nos postos de fiscalização.

Um site pró-Hamas pediu que os palestinos fossem às ruas em protesto.

Ataques aéreos israelenses mataram dois palestinos em uma casa, que segundo Israel abrigava um túnel e um depósito de armas.

O número total de mortos subiu para 421, com alguns feridos gravemente não resistindo e morrendo. Um quarto das vítimas é composto por civis, estima a Organização das Nações Unidas (ONU).

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Aproximadamente 2 mil palestinos foram feridos. Os foguetes de Gaza, que mataram quatro israelenses na semana passada, feriram sem gravidade duas pessoas em Ashkelon.

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