Apoiadores do ex-presidente Mohamed Mursi, deposto por um golpe militar com amplo apoio popular, convocaram apoiadores para protestos diários até segunda-feira, quando o julgamento dele começa. A chamada levanta temores de novos dias de violência na capital e em outras cidades do país.

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O governo egípcio prometeu colocar 20 mil homens das forças de segurança ao redor do local julgamento na segunda-feira, perto da prisão de Tora, no Cairo.Mursi é acusado pela morte de cerca de 10 pessoas em manifestações perto do palácio presidencial em dezembro, quando ele enfureceu a sociedade egípcia com decretos expandindo seus próprios poderes.

Desde que foi deposto em julho, Mursi está numa localização secreta. Durante esse tempo, a instabilidade aumentou no Egito, com constantes ataques de islamistas na Península do Sinai.

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O cenário de insegurança também é grande nos centros urbanos, especialmente na capital, onde manifestantes pró e contra Mursi se enfrentaram em sangrentas batalhadas após o golpe.

Para os apoiadores do presidente eleito com pouco mais de 50% dos votos, o que houve em julho foi um golpe militar. Já para manifestantes que pediram sua saída, trata-se de uma revolta popular como a que, em 2011, tirou Hosni Mubarak do poder. O Exército, peça chave do poder na sociedade egípcia, diz que apenas responde à vontade do povo.

A Irmandade Muçulmana, do qual Mursi é membro, voltou a ser proibida após o golpe deste ano.