Terminou a semana mais instável no Egito desde a renúncia do ex-ditador Hosni Mubarak, há 16 meses, a caminho de um embate entre militares e forças islâmicas.
Pelo quarto dia consecutivo, milhares de pessoas lotaram ontem a Praça Tahrir, no centro do Cairo, numa maré islamita de repúdio aos decretos emitidos nos últimos dias que ampliaram o poder da Junta Militar.
Islamitas e revolucionários consideraram as medidas um "golpe brando". O atraso dos resultados oficiais da eleição presidencial elevou a suspeita de interferência militar na transição a um governo civil.
A Junta Militar reiterou ontem que não recuará dos decretos, justificando que eles foram necessários.