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Comandos talebans lançam ataques múltiplos a cidades afegãs

Comandos talebans lançaram neste domingo (15) ataques com lança-granadas e rifles automáticos na capital afegã, Cabul, e em outras cidades afegãs.

O chefe da Polícia da capital, Mohammed Zahir, disse que um grupo de insurgentes entrou em um hotel, o Cabul Star, que fica perto às legações diplomáticas do Reino Unido, do Irã e da Turquia, e a partir dali estão atacando os prédios próximos.

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Ataques são o começo da ofensiva da primavera, dizem talebans

Os talebãs afirmaram que a onda de ataques e atentados suicidas registrados neste domingo (15), em Cabul cidades do leste do Afeganistão, são coordenados e são o começo de sua "ofensiva de primavera".

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Cerca de 400 prisioneiros, incluindo muitos militantes islamitas, escaparam na manhã deste domingo (15) de uma prisão no noroeste do Paquistão após um ataque realizado por insurgentes armados com metralhadoras, granadas e foguetes, informaram autoridades.

Mais de 150 militantes islamitas fortemente armados invadiram a prisão central no exterior da cidade rebelde de Bannu, que faz fronteira com as regiões tribais sem lei e onde os militantes ligados aos talebãs e à rede Al-Qaeda costumam operar.

Ehsanullah Ehsan, porta-voz do grupo militante Tehreek-e-Taleban Pakistan (TTP), reivindicou a autoria do ataque.

"Atacamos a prisão de Bannu e libertamos nossos membros especiais", disse Ehsan à AFP.

"Em alguns dias, quando todos eles chegarem aos seus locais designados, vamos divulgar detalhes sobre eles. No momento não posso informar o número exato".

O ataque começou por volta da 01H00 local (17H00 de sábado de Brasília) e prosseguiu por duas horas, com militantes em carros e pick-ups atirando e lançando granadas para abrir caminho para a prisão, informou um funcionário de segurança à AFP.

"384 prisioneiros, incluindo alguns militantes radicais, escaparam durante o ataque", disse o oficial, pedindo para não ser identificado.

"Informações preliminares sugerem que havia cerca de 944 prisioneiros na prisão, de acordo com o registro da tarde de sábado".

O ministro da Informação para a província de Khyber Pakhtunkhwa, Mian Iftikhar Hussain, disse à AFP que "ao menos 20 prisioneiros perigosos e alguns militantes" estão entre os foragidos.

"Vamos investigar como os militantes foram capazes de realizar um ataque bem sucedido e o que a segurança estava fazendo", afirmou.

Hussain afirmou que os militantes bloquearam todas as estradas que levavam à prisão para atrasar a chegada de qualquer reforço, e atingiram seis quartéis onde "insurgentes perigosos" estavam sendo mantidos.

Forças de segurança isolaram a área e prenderam alguns dos fugitivos, enquanto outros retornaram voluntariamente, afirmando que fugiram para evitar o tiroteio, disse Hussain.

Um grande número de militantes foi transferido recentemente para as prisões vizinhas de Kohat e Lakki Marwat, que estão sendo convertidas em centros para reabilitar ex-insurgentes, disse o funcionário de segurança.

Um ex-membro da força aérea condenado à morte por atacar o ex-presidente Pervez Musharraf está entre os foragidos, informou.

Adnan Rasheed foi condenado depois que uma bomba colocada sob uma ponte em Rawalpindi, perto de Islamabad, em dezembro de 2003, explodiu momentos após a passagem do comboio de Musharraf. Seu recurso ainda está pendente na Suprema Corte.

Autoridades fecharam a rede de telefonia móvel na região e as tropas com forças paramilitares e policiais iniciaram uma operação de busca na área, disse.

A polícia confirmou o ataque e disse que 384 prisioneiros escaparam após o ataque militante e 40 deles, incluindo uma mulher, retornaram e foram presos.

O oficial de polícia de Bannu, Iftikhar Khan, disse à AFP que ao menos três policiais foram feridos no ataque.

Os atacantes superaram em número as forças de segurança na prisão e os militantes fugiram antes que os reforços chegassem ao local, disse.

Militantes islamitas mataram mais de 4.900 pessoas no Paquistão desde que as tropas do governo invadiram uma mesquita extremista em Islamabad em julho de 2007.

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