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CONFLITO

Israel aceita prolongar trégua humanitária por mais quatro horas

O governo de Israel aceitou prolongar a trégua humanitária na Faixa de Gaza até a meia-noite local (18h de Brasília), segundo uma votação de seus ministros informada pela rede de televisão "Channel 10".

A trégua entrou em vigor às 8h locais (2h de Brasília) e estava marcada para terminar às 20h (14h de Brasília), período no qual a população de Gaza pôde ir às ruas para conseguir provisões. Além disso, os serviços de resgate puderam retirar corpos de palestinos que estavam sob escombros.

O governo israelense advertiu que se o Hamas reiniciar o disparo de foguetes, dará a trégua como encerrada. O movimento islamita ainda não divulgou sua postura sobre o cessar-fogo.

Comunidade internacional pede ampliação de cessar-fogo em Gaza

A comunidade internacional, liderada pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu hoje às partes do conflito uma prorrogação de 12 horas para o cessar-fogo, mas Israel considera que aceitar a proposta seria um obstáculo a suas atividades militares para enfraquecer o Hamas. O apelo também incluiu os ministros das Relações Exteriores de França, Alemanha, Itália, Catar, Turquia, Reino Unido, além do secretário de Estado dos Estados Unidos e de um representante da União Europeia.

Israel e o Hamas começaram na manhã de sábado um cessar-fogo humanitário de 12 horas em Gaza depois que os esforços do Secretário de Estado norte-americano John Kerry falharam em produzir uma trégua mais longa, com a intenção de acabar com as quase três semanas de enfrentamento. Kerry e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas Ban Ki-moon passaram a última semana mediando conversas na região.

Laurent Fabius, ministro das Relações Exteriores da França, disse a jornalistas após o encontro que os participantes expressaram seu desejo de que seja "obtido o mais rápido possível um cessar-fogo durável e negociado, que responda ao mesmo tempo às necessidades israelenses em termos de segurança e palestinas quanto a acesso a Gaza e desenvolvimento socioeconômico".

A reunião, segundo Fabius, permitiu que fossem apresentadas "orientações comuns da ação internacional em favor do cessar-fogo". Ele disse também que todos os ministros mostraram solidariedade para com a população civil de Gaza, "tragicamente afetada pelos combates", e decidiram manter a mobilização em seus respectivos países de maneira conjunta.

"O massacre não pode continuar, é insustentável, e todos os países que estavam na mesa de negociações falaram com uma só voz", disseram fontes francesas presentes à reunião, segundo as quais o encontro se concentrou "no essencial" e foi "positivo".

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