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Oriente Médio

Israel aceita remover 27 bloqueios rodoviários da Cisjordânia

Atualizada em 25/12/2006, às 20h32

O governo israelense autorizou nesta segunda-feira a retirada de 27 bloqueios rodoviários instalados na Cisjordânia ocupada, uma medida que, segundo as autoridades, destina-se a ajudar o presidente palestino, Mahmoud Abbas.

Israel está sob pressão dos Estados Unidos e da Europa para tomar atitudes que ajudem a fortalecer Abbas, da facção Fatah. O presidente palestino recentemente convocou eleições antecipadas contra seus adversários do grupo islâmico radical Hamas.

O governo israelense diz que seus postos de controle e bloqueios rodoviários - normalmente pilhas de entulho nas estradas entre as cidades e aldeias da Cisjordânia - servem para evitar que insurgentes realizem ataques contra Israel. Para os palestinos, trata-se de uma humilhante punição coletiva.

O gabinete israelense também autorizou que alguns prisioneiros palestinos sejam soltos nesta semana, segundo autoridades.

Uma fonte israelense disse que a retirada dos 27 bloqueios rodoviários permitirá o transporte de produtos de forma mais livre na Cisjordânia, que ao todo tem centenas de bloqueios e postos de controle.

As autoridades israelenses disseram que a remoção dos bloqueios vai demorar, e não citaram a data para que o trabalho comece.

- A remoção é um passo na direção do final de todos os bloqueios internos, a fim de garantir a livre movimentação de bens e pessoas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental - disse um importante assessor de Abbas, Saeb Erekat.

Segundo Erekat, há 400 bloqueios e postos de controle na Cisjordânia.

O gabinete israelense também aceitou nesta segunda-feira fazer melhorias no entreposto comercial fronteiriço de Karni, entre a Faixa de Gaza e Israel, a fim de acelerar o trânsito de mercadorias.

Uma fonte israelense disse que as restrições de viagens a importantes autoridades palestinas e a equipes médicas também serão atenuadas.

Israel reforçou os bloqueios na Cisjordânia depois do início da rebelião palestina de 2000 e ampliou as restrições de movimento desde o início do governo do Hamas, em março.

"Chegamos à conclusão de que devemos certamente começar a aliviar [a pressão] nos postos de controle, especialmente em áreas que não constituem uma ameaça - para facilitar os movimentos um pouco dentro das aldeias e entre as aldeias", dissera anteriormente o ministro israelense da Defesa, Amir Peretz.

Na primeira reunião formal do primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, com Abbas, no sábado, o líder israelense aceitou transferir US$ 100 milhões em impostos devidos aos palestinos por Israel, contornando o governo do Hamas.

Apesar de um soldado israelense continuar seqüestrado na Faixa de Gaza, Olmert sugeriu no domingo que Israel poderia libertar alguns presos palestinos antes do feriado islâmico que começa nesta semana. Sem dar detalhes, autoridades palestinas confirmaram a informação.

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