Israel postergou os planos de realizar uma ofensiva terrestre na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, enquanto o Gabinete de Guerra discute uma resposta ao ataque cometido pelo Irã no fim de semana, segundo informaram fontes israelenses à emissora CNN.
A Força Aérea israelense deveria iniciar nesta segunda-feira (15) a distribuição de panfletos em partes de Rafah para advertir a população sobre a ofensiva na cidade, onde estão mais de 1 milhão de palestinos refugiados, muitos deles deslocados pelas operações militares de Israel.
De acordo com a CNN, um funcionário israelense afirmou que o governo continua decidido a realizar a ofensiva contra o grupo terrorista Hamas em Rafah, mas “o cronograma de evacuações de civis e da ofensiva em terra iminente continua não esclarecido”.
Durante o fim de semana passado, o Irã disparou contra Israel vários mísseis, foguetes e drones em resposta a um ataque israelense contra a Embaixada iraniana em Damasco, na Síria, no qual morreram sete integrantes da Guarda Revolucionária e seis cidadãos sírios.
Desde então, o Gabinete de Guerra israelense tem discutido como responderá ao ataque iraniano e, segundo a CNN, Benny Gantz, um dos integrantes do órgão, prometeu uma resposta rápida, mas o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ainda não tomou uma decisão.
Estados Unidos e Israel têm previsto para esta semana uma reunião para discutir alternativas à invasão terrestre a Rafah, à qual o governo americano se opõe porque poderia resultar em uma crise humanitária ainda maior e colocar em risco a passagem da ajuda procedente do Egito.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta segunda-feira que Washington passou as últimas 36 horas coordenando uma “resposta diplomática” ao ataque do Irã contra Israel com o objetivo de evitar uma escalada no Oriente Médio.
Blinken fez estas declarações aos meios de comunicação durante um evento no Departamento de Estado com o primeiro-ministro iraquiano, Mohammed Shia al Sudani, que mais tarde se reunirá na Casa Branca com o presidente americano, Joe Biden.
O chefe da diplomacia americana se referiu ao ataque do Irã e garantiu que, desde então, os Estados Unidos têm trabalhado incansavelmente para evitar um aumento das tensões no Oriente Médio.
“Nas 36 horas desde então, temos coordenado uma resposta diplomática para tentar evitar uma escalada. A força e sabedoria devem ser duas faces da mesma moeda”, destacou.
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