O gabinete israelense de segurança se reuniu na quarta-feira para avaliar a possibilidade de aliviar o bloqueio à Faixa de Gaza, mas não tomou qualquer decisão.

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Os ministros retomarão as discussões na quinta-feira. Sob pressão internacional por causa do confronto em alto mar que matou nove ativistas na costa de Gaza em maio, Israel pode ampliar uma lista, atualmente com cerca de cem itens, da qual constam os produtos autorizados a entrarem por terra no território palestino, que está sob restrições de Israel por ser governado pelo grupo islâmico Hamas.

Falando na terça-feira ao Parlamento, o chefe da segurança interna de Israel, Yuval Diskin manifestou oposição à ideia de aliviar o bloqueio, visto por organizações humanitárias como uma punição coletiva aos 1,5 milhão de habitantes da Faixa de Gaza.

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A condenação global ao bloqueio cresceu desde que, em 31 de maio, soldados israelenses mataram nove ativistas turcos que estavam numa frota naval que tentava levar mantimentos à Faixa de Gaza. Israel diz que seus soldados agiram em defesa própria, pois eram agredidos ao desembarcarem no navio Mavi Marmara.

O Estado judeu alega também que o bloqueio, em vigor desde 2006, é importante para evitar que o Hamas, considerado um grupo terrorista por EUA e União Europeia, obtenha armas e ameace a existência de Israel.

Mas, sob um plano preparado em conjunto com Tony Blair, representante especial da comunidade internacional para o Oriente Médio, Israel poderia inverter sua política atual - em vez de ter uma lista de poucos itens autorizados a entrarem no território palestino, seria adotada uma lista de itens proibidos, segundo diplomatas.

Blair representa o chamado Quarteto de Negociação do Oriente Médio - EUA, ONU, União Europeia e Rússia. Na semana passada, ele se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

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