Israel exigiu que os EUA deem garantias de segurança escritas antes da votação para um congelamento na expansão de assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada| Foto: Reuters

Jerusalém - Israel sinalizou na terça-feira que adiou a aprovação da proposta feita pelos Estados Unidos para o congelamento da expansão de assentamentos judeus na Cisjordânia, afirmando querer garantias por escrito. A moratória é essencial para a retomada das negociações de paz com os palestinos.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deveria apresentar as propostas de Washington para votação nesta semana, mas o plano foi adiado após a coalizão pró-colonos ter protestado contra o projeto de congelar as construções por 90 dias.

O gabinete de segurança de Israel realizará sua reunião semanal na quarta-feira e, até agora, a questão não estava prevista na agenda do encontro, informaram fontes políticas israelenses.

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Autoridades de Israel também afirmaram que Netanyahu agora quer "garantias escritas" de Washington antes da votação da proposta. Fontes israelenses disseram que o plano inclui uma oferta de 20 aeronaves F-35 para Israel, em um negócio de 3 bilhões de dólares, e a promessa de um maior apoio diplomático dos EUA na Organização das Nações Unidas.

O vice-primeiro-ministro Dan Meridor disse à rádio do Exército que Netanyahu deseja uma carta que contenha estes pontos, acertados verbalmente com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em Nova York, na semana passada.

Israel publicou no sábado o plano de cinco pontos que teria sido acertado com Hillary, mas que não foi confirmado por Washington.

Uma fonte política israelense acusou os palestinos de adiar o compromisso escrito dos EUA, ao se oporem à exclusão de Jerusalém Oriental do congelamento proposto, entre outros pontos.

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