Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Oriente Médio

Israel adota sanções após Unesco aprovar Palestina

Bandeira palestina diante de assentamento israelense em Jerusalém Oriental. Israel anunciou que vai ampliar construções | Ammar Awad/Reuters
Bandeira palestina diante de assentamento israelense em Jerusalém Oriental. Israel anunciou que vai ampliar construções (Foto: Ammar Awad/Reuters)

Israel decidiu construir 2 mil residências em Jerusalém Orien­­tal e na Cisjordânia e congelar provisoriamente a transferência de recursos à Autoridade Nacional Palestina (ANP) como medida de retaliação pela admissão do go­­verno palestino como membro de pleno direito da Unesco, informou ontem o governo israelense.

"Estas medidas foram tomadas pelo fórum dos oito principais ministros sob a presidência do pri­­meiro-ministro, Benjamin Neta­­nyahu, como sanção após a votação na Unesco", indicou a fonte.

"Vamos construir 2 mil residências, incluindo 1.650 em Je­­ru­­salém, e o restante nos assentamentos de Maalé Adoumim e de Efrat (no sul de Belém, na Cisjor­­dânia)", indicou essa autoridade, que pediu para não ser identificada.

"Ele também decidiu congelar provisoriamente as transferências de fundos destinados à Au­­toridade Palestina, até que uma decisão definitiva seja tomada", acrescentou este alto funcionário.

"O que aconteceu na Unesco não é algo sem importância e deve ser tratado com seriedade. Israel pode escolher efetuar uma resposta unilateral própria a esta iniciativa", disse fonte diplomática citada pela edição on-line do diário Yedioth Ahronoth.

Outras fontes ligadas ao Exe­­cutivo davam a entender que a rea­­ção será edificar mais casas em assentamentos situados em "lu­­gares que Israel não vê como problemáticos", embora o anúncio receba "críticas internacionais".

Entrevistado pela rádio pública, o vice-ministro israelense das Relações Exteriores, Danny Aya­­lon, afirmou que o país quer estudar respostas à votação no nível diplomático e político.

"A Unesco se tornou uma organização política ao admitir um Estado que não existe, depois da votação de uma maioria automática de seus membros. Esta iniciativa dos palestinos de­­monstra que eles não querem a paz nem negociações, têm apenas a intenção de perpetuar o conflito", ressaltou.

O vice-chanceler também manifestou decepção com a França, que cedeu à Autoridade Palestina depois de ter tentado dissuadi-la de sua iniciativa na Unesco.

Condenação

O porta-voz do presidente pa­­lestino Mahmoud Abbas condenou o anúncio do governo de Israel. "A decisão israelense de acelerar a construção de assentamentos com a construção de mais 2 mil novas moradias é a decisão israelense de acelerar a destruição do processo de paz", disse o porta-voz Nabil Abu Rudeina. "E o congelamento dos recursos é um roubo do dinheiro do povo pa­­lestino", acrescentou ele.

Os palestinos querem Jeru­­salém Oriental como a capital de seu futuro Estado.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.