Israel ameaçou com uma "forte ação militar" neste domingo, depois que militantes palestinos, incluindo os que pertencem ao braço armado do Hamas, saíram de um longo túnel em território israelense matando dois soldados, deixando três feridos e seqüestrando um quarto que estava ferido perto da fronteira com o Egito.
Dois dos oito palestinos foram mortos, e o restante fugiu em direção a Gaza com o soldado israelense Gilad Shalit, de 19 anos, que provavelmente está ferido com um tiro. A expectativa é de que os palestinos tentem trocar o soldado por militantes presos. Este foi o primeiro soldado israelense seqüestrado em mais de uma década.
Segundo reportagem do New York Times, tanques israelenses se moveram para as proximidades da faixa de Gaza, na primeira incursão desde que Israel retirou seus assentamentos e soldados do território palestino no verão passado. Representantes do governo de Israel ameaçaram com fortes retaliações pelo ataque, assumido parcialmente pelo Hamas juntamente com outros militantes como os Comitês de Resistência Popular e um novo grupo chamado Exército do Islã.
Depois de um encontro com a cúpula do governo, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse que Israel responsabiliza pelo ataque a Autoridade Palestina, o governo do Hamas e o presidente Mahmoud Abbas, conhecido como Abu Mazen.
O ministro de Relações Exteriores, Mark Regev, disse que "isto é uma crise".
O exército de Israel pediu a Abbas que interceda para a libertação do soldado. Abbas condenou o ataque, dizendo que ele ia de encontro ao "consenso nacional". Em uma nota, ele afirmou:
"Temos sempre alertado contra o perigo de alguns grupos ou facções deixarem o consenso nacional e realizarem operações pelas quais a população palestina terá que pagar".
Abbas, que estava tentando convencer o Hamas de ao menos reconhecer o Estado de Israel, ficou em maus lençóis com a incursão. Ele agendou um encontro com líderes do Hamas para esta segunda-feira.
Israel também pediu ao Egito, que tem influência em Gaza, que ajude a libertar o soldado. O ministro de Relações Exteriores Tzipi Livni pediu que a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice, seja informada do ocorrido e ajude nas negociações.
O chefe de Estado de Israel, Dan Halutz, culpou os palestinos pelo seqüestro e disse que o governo irá fazer "qualquer coisa" para trazê-lo de volta.
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