Tel Aviv O chefe do Estado-Maior israelense, Dan Halutz, disse ontem que o país vai interromper a retirada de suas tropas do sul do Líbano, programada para terminar em dez dias, se o Exército libanês não começar a assumir o controle da região. O país deve manter também o bloqueio aéreo de marítimo ao Líbano até que sejam adotadas medidas para evitar que o Hezbollah se rearme.
"A retirada em dez dias depende do envio do Exército libanês", disse Halutz ao comitê de Defesa do Parlamento israelense. "Se o Exército libanês não descer para o sul dentro de alguns dias... considero que devemos parar."
Israel já retirou parte dos 30 mil soldados que mantinha no Líbano, mas exige que a região seja controlada pelo Exército libanês e, depois, por tropas internacionais, seguindo resolução aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Oficiais dizem que o Exército poderá manter soldados no Líbano durante "meses".
Em Nova Iorque, a chanceler israelense, Tzipi Livni, disse que a guerra contra o Hezbollah não vai terminar até a libertação dos dois soldados seqüestrados pelo grupo no último dia 12 estopim para o conflito.
"Parte da resolução do Conselho de Segurança pede a libertação incondicional e imediata dos soldados", disse ela, após encontro com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Livni pediu que as forças das Nações Unidas sejam "robustas e efetivas e que a comunidade internacional e o governo do Líbano impeçam Irã e Síria de transferir armas e dinheiro ao Hezbollah. "Não depende só de Israel. A bola está também com a comunidade internacional."