Pouco depois de anunciar que tinha desistido do nome de Dani Dayan para embaixador no Brasil, o Ministério das Relações Exteriores de Israel afirmou que o anúncio havia sido um “erro burocrático” e que a indicação de Dayan estava mantida.
Em agosto passado, o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que o próximo embaixador de Israel no Brasil seria o empresário argentino naturalizado israelense Dani Dayan, considerado um dos maiores defensores das colônias israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e opositor à criação de um Estado palestino ao lado de Israel.
A indicação e a maneira como foi feita (pelo Twitter, sem aviso prévio ao Itamaraty) desagradaram o governo brasileiro. Rapidamente, o Itamaraty indicou aos israelenses que Dayan não era visto com bons olhos, já que sua opinião é oposta à defesa do Brasil de um Estado palestino.
Na manhã desta quinta-feira (17), o ministério israelense anunciou que estava em busca de um novo indicado para a vaga de embaixador no Brasil.
Segundo o jornal “The Times of Israel”, o departamento de recursos humanos do ministério publicou, cedo na quinta (17), a oferta de vagas para embaixador no Brasil, na Eritreia e na Hungria. “Isso significa que Dani Dayan não é mais nosso candidato para a vaga”, uma fonte não identificada do ministério disse ao jornal.
Pouco depois, no entanto, o ministério israelense voltou atrás e o porta-voz Emmanuel Nahshon afirmou que o anúncio da manhã “foi um infeliz erro burocrático”. A Folha procurou a embaixada de Israel no Brasil, e foi informada que o posto não recebeu nenhuma informação do ministério até o momento.
No mês passado, o presidente do comitê de Relações Exteriores e Defesa do Parlamento de Israel, Tzachi Hanegbi, disse que o país não deveria perder tempo esperando que Brasília aceitasse a indicação de Dayan para o cargo.
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