As forças de Defesa de Israel (FDI, na sigla em português) e o Shin Bet, o serviço de inteligência do país, anunciaram nesta quinta-feira (3) que o primeiro-ministro do Hamas em Gaza, Rawhi Mushtaha, considerado o braço direito de Yanya Sinwar, foi morto.
Outros dois oficiais da milícia palestina também foram fatalmente atingidos nas operações contra o grupo terrorista no enclave.
De acordo com os militares e o Shin Bet, Mushtaha foi alvo de um ataque na Faixa de Gaza há três meses, junto a outras autoridades do Hamas, como Sameh al-Siraj, que ocupava a pasta de segurança no gabinete político do grupo, e Sami Odeh, chefe do "mecanismo geral de segurança" do Hamas.
Israel eliminou os terroristas em um ataque com caças. Segundo Tel Aviv, os alvos da operação estavam escondidos em um túnel no norte da Faixa de Gaza quando foram atingidos. A FDI diz que tinha “inteligência precisa” indicando que os oficiais estavam no túnel.
As FDI descreveram o esconderijo onde estavam localizados como “um complexo subterrâneo fortificado e equipado” que “serviu como um centro de comando e controle do Hamas e permitiu que agentes de alto escalão permanecessem dentro dele por longos períodos de tempo”.
O Hamas não confirmou as mortes dos oficiais seniores. De acordo com Israel, eles escondem as derrotas importantes “para evitar a perda de moral e funcionamento de seus agentes terroristas” na Faixa de Gaza.
Sinwar e seu braço direito, Mushtaha, cumpriram pena juntos em uma prisão israelense e, mais tarde, estabeleceram o "mecanismo geral de segurança do Hamas", de acordo com as FDI.
“Mushtaha era considerado a figura mais importante no gabinete político do Hamas na Faixa de Gaza e, durante a guerra, manteve o controle civil do regime do Hamas, ao mesmo tempo em que se envolvia em atividades terroristas contra Israel”.