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Decisão

Israel anunciará novas casas em colônias após libertar presos palestinos

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciará a construção de novos projetos de habitação nos territórios ocupados após a próxima libertação de presos palestinos prevista para o dia 29, domingo.

O governo israelense comunicará na semana que vem sua intenção de construir mais unidades em colônias judaicas na Cisjordânia e na parte ocupada de Jerusalém, embora ainda não se saiba seu local ou quantidade, segundo fontes oficiais israelenses citadas hoje por vários veículos locais da imprensa.

A notícia chega poucos dias antes da terceira fase de libertações de 26 prisioneiros palestinos julgados por delitos anteriores aos Acordos de Oslo (1993), prevista para o próximo domingo.

O gesto faz parte do acordo feito em julho entre Netanyahu e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, pelo que 104 "presos veteranos" seriam libertados em um prazo de nove meses como demonstração de boa vontade para o progresso das retomadas negociações de paz.

Nas duas fases anteriores, as libertações se foram sucedidas por comunicados do governo de Netanyahu que anunciavam a construção de casas em território ocupado, em uma tentativa de neutralizar a rejeição que a libertação de prisioneiros provoca dentro de seu governo e na sociedade israelense.

Em 2010 as conversas de paz entre palestinos e israelenses fracassaram quando os negociadores palestinos abandonaram o processo diante da negativa de Netanyahu a renovar a moratória parcial na construção nas colônias que tinha decretado dez meses antes.

O tema dos assentamentos é uma questão-chave para o avanço do processo de paz entre as duas partes, junto à dos refugiados, os prisioneiros e o status de Jerusalém, entre outras.

Israel sempre se mostrou reticente a frear a expansão colonial apesar das reiterados advertências e pedidos da comunidade internacional.

A União Europeia lhe pediu recentemente para abandonar essa política para não pôr em risco as negociações, afirmando que, caso as conversas fracassassem, Israel seria responsabilizado.

O propulsor e mediador do diálogo, o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, também pediu para Netanyahu se abster de anunciar mais construções na Cisjordânia e a parte ocupada de Jerusalém. EFE

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