O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, junto ao primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu| Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN
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O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, apresentou nesta quinta-feira (4) um novo plano que coloca em prática uma terceira fase da guerra contra o Hamas em Gaza. De acordo com o funcionário do governo israelense, o país continuará suas operações com uma abordagem mais direcionada na região norte da Faixa, mas com a intensificação da perseguição a lideranças do grupo terrorista no sul.

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“Na região norte da Faixa de Gaza, faremos a transição para uma nova abordagem de combate de acordo com as conquistas do Exército na área. Nesta terceira fase, os soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) que atuam no norte adotarão uma nova forma de combate que inclui ataques, destruição de túneis terroristas, atividades aéreas e terrestres e operações especiais”, afirmou o gabinete de Gallant, por meio de um comunicado.

Já na região sul do enclave, os militares em atividade seguirão na função de rastrear os líderes do Hamas "pelo tempo que for necessário", segundo o ministro da Defesa, e de localizar reféns que ainda estão em cativeiro.

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Gallant também afirmou, nesta quinta-feira (4), que Israel não governará Gaza após a guerra e não haverá presença civil israelense no enclave. "O Hamas não vai governar Gaza, Israel não vai governar os civis de Gaza. Os moradores de Gaza são palestinos, portanto, as agências palestinas estarão no comando, com a condição de que não haja ações hostis ou ameaças contra o Estado de Israel", disse ainda no comunicado.

A nota, que não especifica quais instituições palestinas assumiriam o controle do enclave, faz parte de um plano que o ministro da Defesa vai apresentar ao gabinete de guerra antes da próxima visita a Israel do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que realiza uma nova viagem ao Oriente Médio para tratar do período pós-guerra em Gaza.

O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, tem defendido que o país assuma ao menos temporariamente a segurança da Faixa depois do conflito e manifestou resistência à ideia de que a Autoridade Palestina administre a região.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]