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O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, comemorou nesta segunda-feira (18) o fato de seu gabinete ter aprovado 100 mil licenças de porte de armas em pouco mais de cinco meses desde os ataques terroristas do Hamas ocorridos no dia 7 de outubro do ano passado.
"Nesta semana atingimos um marco no Ministério da Segurança Nacional: o cidadão número 100 mil recebeu sua licença para portar armas de fogo", disse Ben Gvir aos repórteres antes de se reunir no Parlamento com seu partido.
"De fato, das 299.354 solicitações apresentadas desde a guerra, mais de 100 mil cidadãos já receberam aprovação para se armar. Porque as armas salvam vidas", acrescentou Ben Gvir.
Somente nas duas primeiras semanas após o início da guerra na Faixa de Gaza, depois dos ataques terroristas do Hamas que mataram 1,2 mil pessoas em solo israelense, a demanda por solicitações e cursos de treinamento para obter uma licença de porte de armas aumentou em 200%, de acordo com fontes do setor.
O salto foi tão grande que o Ministério da Segurança Nacional concedeu autoridade temporária para aprovar pedidos de licença para assistentes, funcionários do Knesset (Parlamento) e voluntários que prestam serviço civil, informou a imprensa local. De acordo com o jornal Haaretz, milhares de licenças também foram concedidas ilegalmente.
Esse aumento também é perceptível nas ruas de muitas cidades israelenses, como Jerusalém e Tel Aviv, onde cada vez mais civis armados, bem como soldados com rifles, são vistos portando pistolas enquanto caminham ou trabalham diante do público.
Uma parte da população israelense acredita que, após o ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro, é melhor poder se defender e não ter que depender do Exército, que, segundo eles, "falhou nas comunidades do sul próximas à Faixa de Gaza".
O dia 7 de outubro já foi designado como feriado de luto nacional no país.