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Escola das Nações Unidas em Nuseirat, no centro de Gaza, onde as FDI afirmam ter atacado um complexo do Hamas
Escola das Nações Unidas em Nuseirat, no centro de Gaza, onde as FDI afirmam ter atacado um complexo do Hamas| Foto: Divulgação/FDI

O Exército de Israel confirmou o lançamento de um ataque aéreo contra uma escola da ONU, na Faixa de Gaza, onde alegou que estariam escondidos "entre 20 e 30 terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica”.

O local, de responsabilidade da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), foi atingido na madrugada desta quinta-feira (6).

"Reunindo informações, chegamos à conclusão de que havia um número significativo de terroristas usando o complexo como base de operações avançadas para lançar ataques contra as forças israelenses”, afirmou à imprensa o porta-voz do Exército, Peter Lerner.

Lerner afirmou que este é o quinto caso no último mês - o segundo apenas esta semana - em que as Forças de Defesa (FDI) identificam "operativos terroristas do Hamas e da Jihad Islâmica" em escolas com bandeiras da UNRWA, entidade que está na mira de Israel por supostos vínculos com o Hamas.

O porta-voz disse ainda que as tropas seguiam há dois dias os milicianos que se escondiam nesta escola como um local seguro e que cancelaram o ataque contra eles em duas ocasiões “para limitar as vítimas civis e distingui-las dos terroristas”.

As FDI alegam que o ataque foi dirigido “especificamente” contra três salas do andar superior do edifício onde sabiam que os terroristas estavam escondidos.

O governo de Gaza, controlado pelo Hamas, classificou o ataque como um “massacre horrível” e disse que as vítimas incluem mulheres e crianças que procuraram refúgio naquela escola. A estratégia de usar civis como escudo humano tem sido usada pelo grupo desde o início da guerra.

Lerner insistiu que todos ou a grande maioria dos atingidos são "terroristas", prometendo publicar seus nomes assim que verificassem todas as informações.

“O fato de estarem escondidos nas escolas da UNRWA não nos impedirá de operar contra o Hamas, a Jihad Islâmica e todos aqueles que cometeram as atrocidades de 7 de outubro. Eles não terão um refúgio para se esconder”, enfatizou o porta-voz.

Em janeiro, Israel acusou uma dúzia de trabalhadores da UNRWA de participarem nos ataques de outubro e, posteriormente, afirmou que mais de 200 dos funcionários têm ligações com o grupo palestino.

Além disso, ainda está pendente de aprovação no Knesset (Parlamento israelense) uma lei para declarar a instituição humanitária da ONU, como organização terrorista. Isto fez com que quase 200 países doadores cortassem o seu financiamento à UNRWA, embora muitos o tenham retomado. (Com Agência EFE)

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