O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 10 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas ontem após um ataque israelense contra uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU), que estava sendo usada para abrigar indivíduos na cidade fronteiriça de Rafah.
O porta-voz do ministério Ashraf Al Kidra disse que os feridos foram transferidos para hospitais locais, mas que estavam "além de suas capacidades para tratá-los". Rafah tem sido palco de uma ofensiva israelense que começou em 1º de agosto, após Israel afirmar que um soldado foi capturado pelo Hamas, no início de um cessar-fogo de 72 horas. Israel informou mais tarde, no entanto, que o soldado foi morto em batalha.
O ataque foi o terceiro deste tipo a atingir uma escola da ONU que abrigava pessoas desalojadas em Gaza. A última ofensiva ocorreu em 30 de julho, na cidade de Jabaliya, onde 15 pessoas foram mortas, de acordo com o Ministério da Saúde. A ONU culpou Israel pela ação.
Crime
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o ataque foi um "ultraje moral e um ato criminoso". Ele afirmou ainda que foi "mais uma violação flagrante do direito internacional humanitário, o que exige claramente a proteção vinda de ambas as partes de civis palestinos, funcionários e instalações da ONU, entre outras instalações civis".
John Kerry foi espionado, diz revista alemã
Folhapress
Israel espionou o secretário de Estado norte-americano John Kerry durante as fracassadas negociações de paz com os palestinos no ano passado, divulgou ontem a revista semanal alemã Der Spiegel. Segundo o semanário, Kerry não usava apenas linhas telefônicas protegidas durante suas viagens pelo Oriente Médio: usava também conexões por satélite, mais vulneráveis à espionagem.
Para a Der Spiegel, os serviços secretos israelenses e ao menos outro país escutaram o que Kerry falava com altos funcionários políticos e o fato pode afetar as já tensas relações entre Israel e Estados Unidos. A publicação não dá pistas de qual seria o outro país envolvido nas escutas. O governo israelense teria usado tais informações para buscar uma solução diplomática no Oriente Médio, região que tem sido prioridade de Kerry desde que assumiu em 2013 o departamento de Estado dos EUA.