Mesquista e reservatório de água foram destruídos no sul de Gaza. No fim de semana diversas regiões de Gaza sofreram ataques de Israel| Foto: Finbarr O’reilly/Reuters

Vergonha

O governo dos EUA classificou o bombardeio a uma escola da ONU em Gaza como "vergonhoso". Segundo o governo americano, a escola tinha sido designada como local protegido e as Forças de Defesa de Israel tinham sido informadas várias vezes sobre suas coordenadas.

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1.800 palestinos e 60 israelenses foram mortos na ofensiva que se prolonga por 27 dias. De acordo com o Ministério da Saúde em Gaza, o número de feridos chega a 9.500.

Recuo

Israel retira de Gaza tropas terrestres e diz que ameaça é mínima

Agência Estado

Israel retirou a maior parte de suas tropas terrestres da Faixa de Gaza ontem, o que indica que a operação de quase um mês contra o Hamas pode estar perdendo intensidade. O tenente-coronel Peter Lerner, porta-voz militar israelense, confirmou que a maior parte das tropas terrestres foi retirada. Segundo ele, os militares haviam detectado cerca de 30 túneis escavados ao longo da fronteira e que seriam usados em um ataque sincronizado contra Israel. "Causamos danos substanciais a essa rede (de túneis) e a ameaça agora é mínima", disse Lerner. O exército tinha milhares de soldados em Gaza no auge da operação.

No sul de Israel, veículos blindados eram colocados em caminhões de transporte perto da fronteira de Gaza, enquanto soldados dobravam bandeiras e guardavam seus pertences e sacos de dormir.

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Em manifestação, mulher acusa Israel de assassinar bebês
Soldados israelenses se retiram de Gaza por terra

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 10 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas ontem após um ataque israelense contra uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU), que estava sendo usada para abrigar indivíduos na cidade fronteiriça de Rafah.

O porta-voz do ministério Ashraf Al Kidra disse que os feridos foram transferidos para hospitais locais, mas que estavam "além de suas capacidades para tratá-los". Rafah tem sido palco de uma ofensiva israelense que começou em 1º de agosto, após Israel afirmar que um soldado foi capturado pelo Hamas, no início de um cessar-fogo de 72 horas. Israel informou mais tarde, no entanto, que o soldado foi morto em batalha.

O ataque foi o terceiro deste tipo a atingir uma escola da ONU que abrigava pessoas desalojadas em Gaza. A última ofensiva ocorreu em 30 de julho, na cidade de Jabaliya, onde 15 pessoas foram mortas, de acordo com o Ministério da Saúde. A ONU culpou Israel pela ação.

Crime

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o ataque foi um "ultraje moral e um ato criminoso". Ele afirmou ainda que foi "mais uma violação flagrante do direito internacional humanitário, o que exige claramente a proteção vinda de ambas as partes de civis palestinos, funcionários e instalações da ONU, entre outras instalações civis".

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John Kerry foi espionado, diz revista alemã

Folhapress

Israel espionou o secretário de Estado norte-americano John Kerry durante as fracassadas negociações de paz com os palestinos no ano passado, divulgou ontem a revista semanal alemã Der Spiegel. Segundo o semanário, Kerry não usava apenas linhas telefônicas protegidas durante suas viagens pelo Oriente Médio: usava também conexões por satélite, mais vulneráveis à espionagem.

Para a Der Spiegel, os serviços secretos israelenses e ao menos outro país escutaram o que Kerry falava com altos funcionários políticos e o fato pode afetar as já tensas relações entre Israel e Estados Unidos. A publicação não dá pistas de qual seria o outro país envolvido nas escutas. O governo israelense teria usado tais informações para buscar uma solução diplomática no Oriente Médio, região que tem sido prioridade de Kerry desde que assumiu em 2013 o departamento de Estado dos EUA.