As Forças de Defesa de Israel atacaram várias posições na faixa de Gaza em resposta ao lançamento de foguetes do território palestino na manhã desta sexta-feira (8), segundo um comunicado militar.
"Esta manhã, depois do reatamento do lançamento de foguetes contra Israel, o Exército atacou posições terroristas na faixa de Gaza", diz o boletim militar sem detalhar os alvos bombardeados.
Desde o fim da trégua de 72h entre Israel e o movimento radical Hamas, 33 foguetes foram lançados ao território israelense, segundo o Exército.
"Os renovados ataques de foguetes por terroristas a Israel são inaceitáveis, intoleráveis e míopes. Vamos continuar a atacar o Hamas, sua infraestrutura, seus militantes e restaurar a segurança do Estado de Israel", disse o porta-voz militar israelense Peter Lerner.
O cessar-fogo, mediado pelo Egito, expirou nesta sexta às 8h (2h em Brasília). O governo egípcio pediu a prorrogação da trégua por mais 48 horas, mas o Hamas se negou, alegando que Israel não havia atendido suas exigências.
Um menino palestino de dez anos morreu no bombardeio à faixa de Gaza --é a primeira vítima desde o fim da trégua de três dias. A criança palestina morreu em um ataque a uma mesquita no campo de refugiados de Jabalya, disse Ashraf al Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza.
Em Israel dois adultos, entre eles um militar, ficaram feridos pelo impacto de um foguete no conselho regional de Sdot Hanegev, próximo à faixa de Gaza, informou o Maguen David Adom (equivalente israelense da Cruz Vermelha).
Trégua
Segundo informações do Exército, foguetes lançados da faixa de Gaza atingiram o território israelense cerca de quatro horas antes do fim da trégua, acertada entre Israel e o movimento palestino Hamas.Os foguetes caíram perto de Eshkol, no sul de Israel, sem causar feridos.
Segundo a CNN, um porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, negou que o grupo tivesse feito o ataque.
Duas facções radicais que lutam com o Hamas contra Israel, entre elas a Jihad Islâmica, disseram ter lançado foguetes contra Israel nesta sexta, embora não esteja claro se os ataques ocorreram antes ou depois do fim da trégua.
O Hamas, embora não tenha aceitado a prorrogação da trégua, indicou que segue a negociar o fim da guerra com Israel no Cairo.
Por sua vez, Israel nega-se a negociar enquanto prosseguirem os disparos de foguetes de Gaza em direção ao seu território, indicou nesta sexta-feira um funcionário israelense de alto escalão que pediu o anonimato.
Milhares de civis começaram a deixar suas casas nas regiões norte e leste do território palestino por temerem uma nova escalada, enquanto em Israel a divisão de Defesa Civil do Exército impôs novamente restrições à população em um raio de várias dezenas de quilômetros.
A operação Margem Protetora deixou em Gaza mais de 1.850 mortos e cerca de 10 mil feridos, enquanto em Israel foram 67 mortes e 500 feridos, desde que foi laçada em 8 de julho.
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