Juízes da CIJ em Haia, na Holanda, durante a audiência em que foram ouvidos os argumentos de Israel, nesta sexta-feira (17)| Foto: EFE/EPA/Lina Selg
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A Corte Internacional de Justiça (CIJ), o mais alto tribunal da ONU, ouviu nesta sexta-feira (17) os argumentos de Israel após um pedido da África do Sul para que sejam tomadas medidas emergenciais devido à ofensiva israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

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Pretória, que havia se pronunciado na véspera, apresentou um processo contra Israel na CIJ em dezembro fazendo acusações de genocídio, cujo mérito não tem previsão de ser julgado.

No final de março, a CIJ adotou medidas cautelares contra Israel e exigiu que evite que seu Exército cometa “atos de genocídio” contra os palestinos na Faixa de Gaza ou impeça a entrega de assistência humanitária.

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Entretanto, Pretória voltou a pedir medidas emergenciais porque considera que a ofensiva terrestre em Rafah representa uma mudança no conflito.

Nesta sexta-feira, Israel voltou a negar que esteja cometendo genocídio em Gaza – o Ministério da Saúde do enclave, administrado pelo Hamas, diz que mais de 35 mil pessoas foram mortas pelas forças israelenses, que contestam esses números. Além disso, as Nações Unidas revisaram para baixo este mês dados de mortes de mulheres e crianças.

“Israel toma medidas extraordinárias para minimizar os danos aos civis em Gaza”, disse Tamar Kaplan-Tourgeman, membro da equipe jurídica de Israel, alegando também que o país tem permitido a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

O procurador-geral adjunto de Israel, Gilad Noam, disse nesta sexta-feira em Haia que, ao contrário do argumento da África do Sul de que “se Rafah cair, Gaza também cairá”, “a realidade é exatamente o oposto”.

“Só derrubando o reduto militar do Hamas em Rafah é que os palestinos serão libertados das garras do regime terrorista assassino e o caminho para a paz e a prosperidade poderá finalmente ser pavimentado”, disse Noam, de acordo com informações da BBC.

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Segundo a ONU, mais de 1 milhão de palestinos deslocados pela guerra se refugiaram em Rafah, porém, mais de 630 mil deixaram o local desde o início da ofensiva terrestre de Israel.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]