Israel autorizou a Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, a exportar flores passando por território israelense, além dos morangos que já eram permitidos anteriormente, anunciaram autoridades nesta quarta-feira.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse em comunicado que o órgão de segurança de Israel aprovou "um afrouxamento adicional das restrições, de modo a permitir uma expansão das exportações comerciais da Faixa de Gaza".
Autoridades palestinas em Gaza disseram que três cargas de caminhão de flores e morangos destinados à Europa foram exportadas na terça-feira e que quatro outras cargas mistas sairiam na quarta. As exportações de morangos foram reiniciadas no mês passado.
Mais de metade da população da Faixa de Gaza depende da assistência alimentar da ONU, e a reativação das exportações pode resolver parcialmente as pioras econômicas dos últimos anos. As exportações da Faixa de Gaza caíram para 20 mil dólares em 2007, e não houve exportações significativas em 2008.
Os palestinos esperam exportar até mil toneladas de morangos e 30 milhões de flores à Europa este ano.
Israel impôs um bloqueio ao território governado por islâmicos, citando preocupações com sua segurança, e também em um esforço para enfraquecer o Hamas, que tem o apoio do Irã e assumiu o controle do território das mãos do movimento Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas, em 2007.
Algumas restrições às fronteiras da Faixa de Gaza foram afrouxadas desde as manifestações de ultraje mundial em maio pelo fato de Israel ter matado nove ativistas turcos, quando comandos de Israel, implementando o bloqueio naval do território, interceptaram embarcações que levavam ajuda a Gaza.
Na época, Israel permitiu que os palestinos da Faixa de Gaza começassem a importar mais suprimentos. Um mês atrás, em parte em resposta a chamados europeus para que ajude a economia combalida de Gaza e facilite as condições de vida de seus moradores - 1,5 milhão de palestinos -, Israel começou a permitir algumas exportações.
A União Europeia gasta milhões anualmente para apoiar o setor privado da Faixa de Gaza por meio da UNRWA (a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos) e da Autoridade Palestina.
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