A aviação israelense bombardeou no domingo um complexo de segurança do Hamas e uma rede de túneis clandestinos sob a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, após o governo israelense prometer uma resposta "desproporcional" aos disparos de foguetes palestinos.
Foram seis bombardeios, depois que um morteiro feriu três israelenses, inclusive um civil, o primeiro desde a trégua declarada em 18 de janeiro, após 22 dias de ofensiva de Israel para tentar impedir o grupo islâmico Hamas de lançar foguetes contra o seu território.
Segundo autoridades médicas palestinas, um militante foi morto e outros quatro ficaram feridos em ataques aéreos israelenses nesta segunda-feira (2).
Cinco dos ataques visavam túneis sob a fronteira para o Egito, no chamado Corredor Philadelphi. Esses túneis são usados para o contrabando de armas para o Hamas.
Um sexto bombardeio israelense atingiu uma instalação de segurança do Hamas numa aldeia no centro de Gaza. Moradores disseram que os moradores da área haviam saído depois de receberem um alerta telefônico de Israel.
Em nota, os militares de Israel disseram: "Em resposta aos disparos de foguetes e morteiros hoje, a Força Aérea atacou vários alvos na Faixa (de Gaza), inclusive seis túneis e uma posição do Hamas". O Hamas disse que apenas cinco túneis foram atingidos.
Os novos bombardeios israelenses ocorrem num momento em que seus líderes políticos assumem uma posição mais dura em relação aos disparos de foguetes contra o território israelense, preparando-se para a eleição geral de 10 de fevereiro. Pesquisas indicam a vitória do direitista Benjamin Netanyahu, partidário de uma abordagem mais severa em relação ao Hamas.
Cerca de 12 foguetes e morteiros partiram no domingo da Faixa de Gaza, segundo os militares de Israel. Uma ala das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, grupo ligado à facção palestina Fatah, rival do Hamas, admitiu ter disparado alguns dos foguetes de Gaza. Nem todos os disparos, porém, foram reivindicados.
"A posição do governo desde o começo foi de que se houver tiros contra os residentes do sul haverá uma dura reação israelense, que será desproporcional," disse o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, que não é candidato à reeleição, numa reunião semanal do seu gabinete.
"Vamos agir segundo as novas regras, que garantirão que não seremos atraídos para uma guerra de tiros incessantes na fronteira sul, o que privaria os moradores do sul de uma vida normal", acrescentou.
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