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Fotografia divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mostra o chefe de governo na base militar de Kyria, em Tel Aviv, acompanhando e discutindo os desdobramentos do ataque ao Irã
Fotografia divulgada pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mostra o chefe de governo na base militar de Kyria, em Tel Aviv, acompanhando e discutindo os desdobramentos do ataque ao Irã| Foto: EFE/Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel

As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizam na madrugada deste sábado (26, horário local) um ataque contra o Irã, em resposta a uma ofensiva com mísseis de Teerã contra o território israelense no último dia 1º.

As FDI confirmaram que estão realizando “ataques precisos” a alvos militares iranianos, em resposta a “meses de ataques contínuos do regime do Irã contra o Estado de Israel”.

“O regime do Irã e seus representantes na região têm atacado Israel implacavelmente desde 7 de outubro [de 2023, data dos ataques terroristas do Hamas] — em sete frentes —, incluindo ataques diretos a partir do território iraniano”, disseram as forças israelenses num comunicado, segundo o jornal The Times of Israel.

“Como qualquer outro país soberano do mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder”, acrescentaram as FDI, que afirmaram que suas “capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas” e que “farão o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel”.

A Fox News apontou que a Casa Branca foi informada sobre o ataque ao Irã pouco antes deste ter início. Logo depois, o Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos declarou que o país não está participando da ação.

“Fomos informados de que Israel está conduzindo ataques direcionados contra alvos militares no Irã como um exercício de autodefesa e em resposta ao ataque de mísseis balísticos do Irã contra Israel em 1º de outubro. Solicitamos que procurem o governo israelense para mais informações sobre sua operação”, disse Sean Savett, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, numa declaração publicada pela imprensa americana.

Agências iranianas relataram explosões fortes na capital Teerã e na cidade vizinha de Karaj. Citando informações da imprensa árabe, o jornal The Jerusalem Post mencionou relatos de explosões na região do Aeroporto Internacional Íman Khomeini, na capital iraniana, e nas cercanias da sede do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica.

Um oficial israelense, cujo nome não foi divulgado, disse à emissora americana NBC que Israel não atacou instalações nucleares ou campos de petróleo iranianos e se concentra em alvos militares.

“Estamos mirando coisas que podem ter nos ameaçado no passado ou podem nos ameaçar no futuro”, disse o oficial.

Posteriormente, a imprensa estatal do Irã informou que várias bases militares ao oeste e sul de Teerã foram alvos do ataque israelense, mas não especificou danos, e alegou que as operações nos aeroportos da capital, incluindo no Íman Khomeini, estão normais.

Horas depois da primeira onda de ataques, o Canal 12 de Israel informou sobre uma segunda onda no leste de Teerã e em uma unidade de comando do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica. A emissora israelense acrescentou que a primeira onda teve como alvos instalações de produção de mísseis e defesa aérea.

Uma fonte do The Washington Post informou que os ataques israelenses ao Irã continuariam por mais horas neste sábado.

A agência de notícias estatal síria Sana relatou que, em paralelo aos bombardeios no Irã, Israel atacou alvos militares no sul e na região central da Síria.

No dia 1º, o Irã realizou um ataque com cerca de 200 mísseis a Israel, uma resposta de Teerã à morte do líder do grupo terrorista Hezbollah, Hassan Nasrallah, e à incursão terrestre israelense no sul do Líbano.

A maioria dos mísseis foi interceptada, mas um cidadão palestino foi morto em Jericó, na Cisjordânia, e duas pessoas foram levemente feridas por estilhaços em Tel Aviv.

Em abril, Teerã já havia realizado um ataque ao território israelense em resposta a um bombardeio (atribuído a Israel) ao consulado iraniano na Síria que matou um importante líder militar do regime dos aiatolás no início daquele mês, o brigadeiro-general da Guarda Revolucionária Mohamed Reza al Zahedi.

Foram mais de 300 drones e mísseis iranianos, dos quais 99% teriam sido interceptados por Israel e forças aliadas, de países como Estados Unidos, Reino Unido e França. Ninguém foi morto e não houve feridos graves. Israel deu a tréplica dias depois, com um ataque à região de uma base militar na província iraniana de Isfahan.

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