Israel pediu à União Europeia nesta sexta-feira (9) que repense as sanções previstas contra organizações israelenses em territórios ocupados e solicitou conversações sobre o tema, numa mudança de tom em relação à ira anterior com as medidas de retaliação.
De acordo com diretrizes adotadas pela Comissão Europeia em junho, "entidades" israelenses que operam na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental não poderão receber subsídios da UE, prêmios ou empréstimos a partir do próximo ano.
A iniciativa foi bem-recebida pelos palestinos, que buscam um Estado nesses territórios, e lamentada por Israel, que se estabeleceu extensivamente na Cisjordânia e considera Jerusalém sua capital indivisível -- um status não reconhecido internacionalmente.
O governo israelense respondeu em 26 de julho, anunciando reduções em projetos de ajuda da UE para milhares de palestinos da Cisjordânia. Na quinta-feira, Israel acusou os europeus de prejudicarem os esforços de paz entre israelenses e palestinos e disse que não iria assinar novos acordos com o bloco de 28 nações, devido às sanções previstas.
Mas o vice-ministro das Relações Exteriores israelense, Zeev Elkin, tomou um rumo mais diplomático nesta sexta-feira, oferecendo-se para negociar com a União Europeia sobre as diretrizes, que ele descreveu como um desafio à soberania do Estado judeu.
"Estamos prontos para realizar um diálogo criativo com os europeus. Entendemos a sua posição. Nós rejeitamos, nós não gostamos dela, mas é direito deles, quando se trata de usar seu dinheiro", disse Elkin à Rádio Israel.
"Estamos pedindo que os europeus também levem em consideração os problemas jurídicos e outros que isso criará no lado israelense. Queremos voltar e estamos pronto para negociar, mas se os termos ficarem do jeito que estão hoje --medidas sem precedentes, além de qualquer coisa até hoje-- não seremos capazes de fazê-lo".
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