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O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, cancelou nesta segunda-feira (29) uma reunião com o comissário-geral da Agência das Nações Unidas para Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), Philippe Lazzarini, e pediu sua demissão por apoio ao terrorismo, devido ao suposto envolvimento de 13 dos seus funcionários no ataque de 7 de outubro.
“Funcionários da UNRWA participaram do massacre de 7 de outubro”, denunciou hoje Katz em sua conta oficial no X (antigo Twitter), onde instou Lazzarini a “tirar suas conclusões e renunciar”.
“Os apoiadores do terrorismo não são bem-vindos aqui”, acrescentou.
Segundo documentos parciais da inteligência israelense entregues aos Estados Unidos, e revelados pelo jornal The New York Times, um dos trabalhadores da agência sequestrou uma mulher e outro ajudou a levar o corpo de um soldado durante os ataques de 7 de outubro.
Um terceiro funcionário do órgão teria participado do massacre do kibutz Beeri, onde 97 pessoas foram assassinadas.
A UNRWA já rescindiu os contratos de todos os envolvidos e abriu uma investigação, segundo anunciou esse órgão das Nações Unidas.
Desde que esta informação foi divulgada, pelo menos 12 países, incluindo Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Japão, congelaram temporariamente suas contribuições para a UNRWA; enquanto a Comissão Europeia declarou hoje que decidirá o que fazer nas próximas horas.
“A maioria dos habitantes de Gaza depende da UNRWA para sobreviver”, alertou hoje essa organização da ONU em um comunicado no qual pediu que "não se virasse as costas para a Faixa de Gaza".
No total, cerca de 13.000 trabalhadores humanitários fazem parte desta entidade, fundada em 1948 para ajudar os refugiados palestinos, hoje cerca de seis milhões em todo o mundo, especialmente no Líbano, na Jordânia e Cisjordânia e na Faixa de Gaza.